Herpes zóster, causado pelo vírus da catapora, pode ser prevenido com vacinação
Causada pelo vírus varicela-zóster – o mesmo que provoca a catapora, a herpes zóster, também conhecida como cobreiro, é uma doença que causa a formação de erupções ou bolhas na pele de coloração vermelha, além de coceira e dor acentuada no local, com a sensação de “agulhadas”, o que pode ser bastante incômodo. A boa notícia é que já existe uma vacina contra a herpes zóster, sendo essa a principal forma de prevenir a enfermidade.
Depois de transmitir a catapora, o vírus varicela-zóster permanece em latência, ou seja, fica “adormecido” no organismo durante quase a vida toda e pode ser reativado na idade adulta, especialmente depois dos 60 anos. Também é possível que ele se manifeste quando o sistema imunológico está comprometido – por exemplo, em doentes crônicos (com hipertensão, diabetes, câncer, Aids, entre outras) ou transplantados.
Por isso, essas pessoas são o público-alvo principal da vacina, sendo que ela pode ser aplicada a partir dos 50 anos ou, no caso de quem possui risco aumentado para herpes zóster, após os 18 anos, como explica o enfermeiro coordenador da Sala de Vacinas do Laboratório Búrigo, Leandro de Costa.
“A manifestação do herpes zóster é mais agressiva do que a catapora, então a vacinação é bem importante para quem deseja prevenir a doença. Ela deve ser prescrita por médico e administrada em duas doses com intervalo de 60 dias. Vale destacar que crianças vacinadas contra a catapora têm menos chances de desenvolver o herpes zóster. Por isso, a vacina contra a varicela também é uma medida importante de prevenção, além, é claro, de cuidados gerais com a saúde para evitar que a imunidade baixe”, pontua Leandro.
Pescoço, costas, tórax e abdômen são as regiões mais afetadas pelas alterações na pele causadas pelo vírus. Também pode aparecer a chamada dor em “faixa”, a qual afeta apenas um lado do corpo; nesse caso, a dor costuma surgir antes das bolhas ou elas nem aparecem, o que pode dificultar o diagnóstico. Outros sintomas comuns do herpes zóster são mal-estar generalizado, sensibilidade à luz, febre e dor de cabeça.
“Em caso de diagnóstico positivo, o paciente precisa de acompanhamento médico. A principal complicação ocorre quando a doença evolui para a Neuralgia Pós-Herpética, que pode trazer incômodos e dores muito intensas. Essa neuralgia é uma dor persistente de quatro a seis semanas após a erupção cutânea e é mais frequente em mulheres. Quando as bolhas e vermelhidão afetam o rosto também há risco de acidente vascular cerebral”, alerta Leandro.
Aplicação da vacina
Atualmente, existe apenas uma vacina específica contra o herpes zóster: a Shingrix, da marca GSK. Ela não está disponível no sistema público de saúde, somente na rede privada, e é contraindicada para pacientes que apresentam hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer excipiente da fórmula.
Os Laboratórios Búrigo contam com o imunizante em todas as Salas de Vacinas da rede – em Criciúma, Içara e Araranguá. A aplicação também pode ser feita a domicílio, mediante agendamento. Em caso de dúvidas e mais informações, o número para contato é (48) 3437-3131 (também é WhatsApp).
Texto: Vanessa Amando
Foto: Divulgação