Exposição "O mar distrai" já está aberta ao público na Unesc

Exposição "O mar distrai" já está aberta ao público na Unesc

A brisa do mar, o barulho das ondas, o sal, o sol e a energia. Quem gosta de praia, certamente já fez caminhadas recheadas de leveza e com grandes reflexões sobre a vida. Foi nessa inquietude que a artista visual Luiza Reginatto pensou na sua apresentação. Com o tema escolhido “O mar distrai” a exposição que está na Sala Edi Balod, da Unesc, é carregada de inspiração e faz os visitantes ‘viajarem’ a muitos lugares e memórias distantes.

 

Caminhando pelo espaço, os convidados vão encontrar frases curtas, acompanhadas por leves pitadas de sal, que são anotações da artista enquanto percorria pela praia. “Suscitado pela experiência de viver junto ao mar, o trabalho parte de uma escrita caminhante, que observa a paisagem que afeta o corpo, onde retomo memórias distantes, trazidas à tona com acontecimentos recentes, para pensar o desfazer-se de um corpo na paisagem”, conta Luiza.
 

Segundo ela, “O mar distrai” se dá entre lugares e busca capturar ausências, aquilo que desaparece da vista, mas permanece nas pessoas. “Estou muito feliz em ver meu trabalho nesse espaço incrível da Unesc. Ele tem muito de uma vivência que estou tendo com o espaço e com o lugar, vivendo perto ao mar que, para mim, é uma experiência muito nova. Comecei a perceber que o vento, o mar, tudo está rodeado de sal e essa minha vivência em Garopaba vem acompanhada da morte da minha avó. Minhas anotações são baseadas nesse corpo que é casa, que se desfaz. Começo a escrita trazendo memórias mais antigas e a minha experiência de agora. Mesclo isso nesse texto com frases curtas, anotações e aquela caminhada à natureza, na praia, e foi quando decidi escrevê-las com sal”, sublinhou.

A exposição vai até 15 de junho e é aberta a toda a comunidade.

 

Sobre a artista


Luiza Reginatto vive em Garopaba. É mestranda em Artes Visuais na Universidade do Estado de Santa Catarina e graduada em Licenciatura em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Em seu trabalho se desdobram relações entre paisagens reais e imaginárias, pesquisa recursos gráficos, instalação e relações entre corpo, memória e texto. Ela participa do Grupo de Pesquisa Articulações Poéticas Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc)/Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Texto: Daniela Savi