Vereador defende criação de escola cívico-militar com gestão municipal em Criciúma

O presidente da Câmara de Vereadores de Criciúma, vereador Márcio Daros da Luz (PSD), visitou a Secretaria de Educação do município nesta quarta-feira (12), acompanhado pelo Capitão do Exército, Sidinei de Oliveira, e pelo Suboficial Renato Tavares, da Marinha. Durante o encontro com a secretária de Educação, Geovana Benedet Zanette, foi discutida a possibilidade de Criciúma contar com uma escola cívico-militar sob gestão municipal.

Atualmente, a Escola de Educação Básica (EEB) Joaquim Ramos oferece o modelo cívico-militar, mas sob a gestão do Estado. O vereador defende que a cidade tenha uma escola com esse modelo de gestão, mas sob administração municipal, alinhando a proposta à necessidade de um modelo educacional mais seguro e disciplinado, com uma visão mais abrangente.

O modelo cívico-militar, implantado no Brasil por meio de um projeto federal iniciado em 2019, teve como objetivo criar 250 escolas no país, das quais 202 foram implementadas até 2023. No entanto, em dezembro de 2023, o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (PECIM) foi extinto, deixando a possibilidade de adesão ao modelo por parte dos municípios. Criciúma, por meio do prefeito Vagner Espíndola, o Vaguinho, já demonstrou interesse em criar uma escola cívico-militar com gestão municipal.

O Capitão Sidinei de Oliveira e o Suboficial Renato Tavares, que participaram da implantação e operação de diversas escolas cívico-militares no Brasil, reforçaram a importância do modelo no combate à violência nas escolas. Segundo Oliveira, nas escolas onde o modelo foi implementado, a violência física foi reduzida em 82% e a violência verbal em 75%.

“A educação é um dos maiores anseios da nossa sociedade. A criação de uma escola cívico-militar com gestão municipal visa proporcionar um ambiente seguro, disciplinado e com mais apoio para nossos alunos, sem perder a essência pedagógica. A ideia é tirar este projeto do papel e garantir que o modelo seja implementado com sucesso em Criciúma”, destacou o vereador Márcio Daros da Luz.

A proposta prevê que a escola cívico-militar siga a mesma lógica pedagógica das escolas regulares da rede municipal, adotando a metodologia cívico-militar no contraturno escolar e em momentos específicos. O modelo contará com o apoio de efetivo militar para proporcionar suporte, auxílio e assessoria nas atividades escolares. 

Conforme Darós, é importante destacar que “em nenhum momento, haverá doutrinação de alunos nem militarização do ambiente escolar”. O objetivo é oferecer uma educação mais completa e segura, alinhando a disciplina militar com a qualidade educacional da rede pública municipal, contribuindo para o bem-estar e o desenvolvimento dos alunos.

Texto e foto: Letícia Ortolan