Unesc é a nova mantenedora do Centro de Inovação Social da Abadeus
Uma Universidade Comunitária está presente na sociedade com ações que transformam a vida das pessoas. É este compromisso, cumprido há 55 anos, que a Unesc reforçou na tarde de quinta-feira (25/05).
Durante o 2º Fórum Internacional de Inovação Social, promovido pela Abadeus, a reitora e presidente da Associação Catarinense de Fundações Educacionais (Acafe), Luciane Bisognin Ceretta, anunciou que a Universidade passa a ser mantenedora do Centro de Inovação Social da entidade (Cisa).
“Isto só é possível porque a Unesc é uma Universidade Comunitária que contribui com a sociedade e que identifica pontos de luz. E é isto que a Abadeus é: um ponto de luz importante e potente que impulsiona as pessoas. Com relação à inovação social, temos na Abadeus o nosso grande ponto de conexão. É com ela que aprendemos e é com ela que buscamos construir novas oportunidades”, enfatizou a reitora.
A notícias levou a diretora-executiva da Abadeus, Shirlei Monteiro, às lágrimas. Emocionada, ela agradeceu a parceria.
“Gratidão à Unesc por nos reconhecer como parte do ecossistema de inovação e de ensino, na região e no estado. Unir a assistência social e a educação sempre foi um sonho, pois apenas a educação é capaz de criar oportunidades de transformação social. Ter a nossa Unesc como mantenedora do Cisa é uma honra imensa e, a partir desse incentivo, queremos estreitar ainda mais os laços entre as instituições ", agradeceu.
O Cisa é um espaço que tem o objetivo de promover a cultura inovadora e empreendedora, capacitando e conectando pessoas ao conhecimento tecnológico, ao pensamento criativo, inovador e ao futuro para a geração de valor e oportunidades, com foco no impacto social, sustentabilidade, proporcionando aos atendidos, em situação de vulnerabilidade, o seu desenvolvimento de forma plena.
Contribuições da Unesc e da Acafe são apresentadas em painel
"A inovação social se faz com educação". A frase foi utilizada pela reitora para enfatizar a contribuição das Instituições Comunitárias para Santa Catarina ao longo dos últimos 60 anos. A apresentação de Luciane, que tratou do tema "A Acafe como case de Inovação Social por meio da Educação em Santa Catarina", ocorreu durante o painel de “Diálogos de Inovação Social”, que contou ainda com a participação do diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de SC, Diogo Quirino, e do diretor de Desenvolvimento Econômico do município de Criciúma, Aldinei Potelecki.
Ela lembrou que as 14 instituições integrantes da associação promovem mais de cinco mil ações junto à comunidade, com a participação de cerca de 2,7 mil acadêmicos. São 445,8 mil atendimentos em saúde e 28,7 mil atendimentos jurídicos, por ano, entre outros projetos que contemplam todas as áreas do conhecimento.
“Nós tínhamos apenas Florianópolis como ponto de formação no estado, então as forças sociais, incomodadas com o fato de seus filhos não poderem ficar na própria cidade para estudar, se mobilizaram e pressionaram os órgãos públicos para implantar o que chamo do primeiro case de inovação social da educação catarinense, que foi a criação das fundações educacionais. Conhecidas como instituições comunitárias de ensino superior, elas foram criadas por lei municipal e reinvestem os seus resultados em benefício da própria sociedade”, enfatizou.
“Há 49 anos, estas entidades se organizaram e criaram a Acafe e se ressignificaram desde então, sendo que hoje são um case importante de inovação social e cultura empreendedora. Todas as instituições têm pontos de atenção, serviços organizados, programas e projetos que têm por finalidade a formação do empreendedor e a inovação social”, citou.
Entre os exemplos da Unesc, Luciane Ceretta apresentou a elaboração dos Planos de Desenvolvimento Econômico da Amrec e da Amesc; a participação da Universidade na implantação do Centro de Inovação de Criciúma, além do Connect, Hub de Inovação da Instituição.
“Em 2022, tivemos mais de cinco mil pessoas de várias comunidades que buscavam mentoria para a implantação de negócios, o fortalecimento de pequenos empreendimentos, processo de aceleração e, até mesmo, a internacionalização. A inovação social busca soluções cujo objetivo final não é o lucro, mas sim tornar o mundo melhor”, salientou.
A Acafe possui, atualmente, mais de 140 mil estudantes, que recebem o conhecimento de 10,5 mil professores; possui cerca de 3,5 mil projetos de iniciação Científica; 95 Mestrados; 40 Doutorados; 2,6 mil laboratórios; 473 empresas incubadas; 220 acordos internacionais.
Amplo debate
Além do painel com a presença da reitora da Unesc, o evento teve entre os destaques, dois cases internacionais de Inovação Social, um europeu, vindo de Portugal, e outro latino americano, de Medellín, na Colômbia; palestra sobre Capitalismo Consciente; workshops sobre Lucro e Propósito, Captação de Recursos no Terceiro Setor e apresentação de trabalhos acadêmicos relacionado ao tema, apresentações culturais e artísticas.
O 2º Fórum Internacional de Inovação Social contou com a apresentação do Governo de Santa Catarina; Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc); Prefeitura de Criciúma; Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc); e Sebrae/SC.
Patrocinaram a iniciativa Imbralit; Canguru; Sicredi e Rio Deserto. O evento contou ainda com o apoio institucional da Acic; ABRH/SC; Rede Catarinense dos Centros de Inovação de SC; Centro de Inovação de Criciúma (CRIO); Núcleo Sul Catarinense do Terceiro Setor; e FIN Brasil.