Setor de Tecnologia precisará de mais de 98 mil profissionais até 2027 em SC

Setor de Tecnologia precisará de mais de 98 mil profissionais até 2027 em SC

Levantamento feito com 401 empresas pela Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) e Sebrae aponta as principais demandas e tendências do setor

Um estudo feito pela Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) e pelo Sebrae Startups detalhou uma demanda já percebida no mercado de trabalho: o setor de tecnologia carece de mão de obra qualificada. E a necessidade é urgente.

O 4º Mapeamento de Demandas e Perfil de Talentos para o setor de tecnologia em Santa Catarina, mostra que até 2027, a previsão é de que as empresas terão a oferta de 98.372 vagas de trabalho. São 26.203 contratações estimadas em 2025, 33.432 em 2026 e 38.737 em 2027. As oportunidades serão principalmente para Desenvolvedores (DEV), com 45% das ofertas futuras.

Ainda assim, haverá grande oferta de vagas no período para outras funções como Suporte, Marketing, Análise de Dados e de Negócios, Gestão de Projetos e Design. “A projeção de crescimento reflete a transformação digital das empresas de maneira geral, incluindo aqui a busca por decisões baseadas em dados, o que requer profissionais qualificados, com perfil estratégico e habilidades técnicas sólidas que se adaptem ao cenário do mercado de tecnologia no estado. Precisamos urgentemente ampliar a formação de talentos qualificados e não apenas em tecnologia, mas em todos os setores que uma empresa de tecnologia demanda”, destaca o presidente do Polo ACATE CETUS, Jhony Alceu Pereira.

O questionário levantou informações sobre vagas de perfil tecnológico, com acréscimo de novas funções demandadas. Participaram espontaneamente empresas como startups, pequenos negócios e até empresas consideradas de Grande de Porte 2.  “O estudo mostrou que, independentemente do porte da empresa, todas necessitarão de mão de obra qualificada. As Startups, buscando o crescimento acelerado, são as que mais demandarão de mão de obra qualificada em pouco tempo”, acrescenta Jhony.

Tendências do Setor

O Mapeamento ainda mostrou a predominância do modelo de trabalho híbrido como regime adotado nas contratações, com 35,8%. O dado é seguido pelo modelo de trabalho totalmente remoto (21,7%), enquanto na terceira posição tem-se o totalmente presencial (17,9%).

Outro dado levantado na pesquisa diz respeito às soft skills mais valorizadas pelas empresas contratantes. A criatividade ficou em último lugar, com 7,8%. Na ponta do ranking, no entanto, está a capacidade de resolução de problemas, com 68,9% das respostas dos entrevistados. A competência é seguida por trabalho em equipe e colaboração, proatividade, inteligência emocional, organização e planejamento, gestão de tempo e priorização. “Apesar da alta demanda por profissionais, o mercado está cada vez mais exigente. Por isso, é necessário que quem se interesse pelo setor entenda que as empresas buscam por profissionais capazes de superar obstáculos, que colaborem efetivamente e se adaptem com agilidade às demandas do mercado”, sublinha Jhony.

Setor de educação está atento à demanda

Desde a primeira edição do Mapa, muitas instituições de ensino em Santa Catarina utilizam os resultados da pesquisa como referência para definir a oferta de cursos. Algumas fazendo a criação de novas formações e outras remodelando os cursos já existentes. “Essas informações são essenciais para o planejamento estratégico não só das instituições de ensino, mas de todo um ecossistema que busca atender essas demandas, porque elas garantem que os cursos supram o mercado de trabalho, às necessidades da comunidade e às tendências educacionais”, destaca o presidente do polo ACATE CETUS.

O Mapa ainda aponta as principais linguagens de programação utilizadas pelo mercado e as funções mais demandadas pelas empresas. O estudo completo pode ser acessado na página da Acate ou por meio deste link.

Texto: Karol Carvalho / Alfa Comunicação e Conteúdo