Prevenção e detecção precoce contribuem para reduzir incidência e mortalidade de câncer de boca

Prevenção e detecção precoce contribuem para reduzir incidência e mortalidade de câncer de boca
Avaliação odontológica periódica pode levar à descoberta de lesões potencialmente malignas e encaminhamento ao oncologista

 

O câncer na região da cabeça e pescoço tem alto índice de cura, podendo chegar a 90%, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP). No entanto, é preciso ser detectado precocemente para ser tratado a tempo, sendo esse um dos principais alertas da campanha Julho Verde. “O diagnóstico pode não ser tão óbvio e requer avaliação minuciosa e detalhada do cirurgião dentista especializado ou cirurgião de cabeça e pescoço, pois a lesão pode se apresentar de diversas formas”, afirma a Dra. Kizzy Fernandes Ishikawa, cirurgiã dentista integrante da Oncoclínicas na Grande Florianópolis.

 

 

 

A previsão da incidência para este ano é de 39.550 novos casos. Porém, se somar o câncer de pele melanoma, que também pode afetar essas zonas, o número sobe para 48.530, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Dra. Kizzy explica que dentre os tipos de câncer em cavidade oral, o Carcinoma Espinocelular (CEC) é o mais frequente e geralmente ocorre em mais de 90% dos casos. Dentre os principais fatores de risco estão a radiação ultravioleta, atingindo principalmente os lábios, tabagismo, etilismo e infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano).

 

 

 

Além de evitá-los, são recomendadas a vacinação contra o HPV e uma avaliação odontológica periódica. “A oportunidade para o diagnóstico precoce pode ocorrer em lesões assintomáticas e potencialmente malignas, para isso, é necessário a capacitação dos profissionais de saúde para orientar os indivíduos a reconhecerem os principais sinais e sintomas”, destaca Dra. Kizzy. Entre eles estão manchas e placas brancas ou avermelhadas na cavidade oral ou nos lábios. Essas alterações também podem ocorrer na região de cabeça e pescoço, além de nódulos, feridas que não cicatrizam, dificuldade em deglutir ou falar

 

 

 

Plano de tratamento em equipe

 

 

 

O cirurgião dentista pode auxiliar no diagnóstico com a realização de biópsias e exames de imagens. Após a avaliação, o paciente é encaminhado ao serviço de oncologia ou cirurgião de cabeça e pescoço. Dependendo de cada caso, poderá ser indicado cirurgia, radioterapia e quimioterapia/imunoterapia, utilizadas isoladamente ou de forma combinada, de acordo com o estágio e a localização do tumor.

 

 

 

Dra. Kizzy esclarece que a definição do plano de tratamento é, em geral, realizada por uma equipe multiprofissional, que pode ser composta por dentista, cirurgião de cabeça e pescoço, oncologista e radio-oncologista. “O câncer em região de cabeça e pescoço tem cura, mas o atraso no início do tratamento está associado a desfechos desfavoráveis, como menor sobrevida e qualidade de vida. Por isso, as pessoas devem estar atentas às alterações em cavidade oral e buscar o atendimento especializado”, alerta.

 

 

 

O cirurgião dentista também tem papel fundamental durante e após o término do tratamento porque as terapias podem gerar efeitos colaterais em cavidade oral, como secura bucal intensa, aumento de infecções oportunistas e cáries por radiação, entre outras. “Com a prevenção e protocolos específicos para cada situação, o profissional terá mais condições de auxiliar o paciente na adesão ao tratamento, minimizando dor, interrupções, internações e levando à melhora da aceitação alimentar e, consequentemente, com mais qualidade de vida”, finaliza.

 

 

 

Sobre a Oncoclínicas&Co

 

A Oncoclínicas&Co - maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina - tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia.

 Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 145 unidades em 39 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.

Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 635 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer.

 A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional. Além disso, a Oncoclínicas passou a integrar a carteira do IDIVERSA, índice recém-lançado pela B3, a bolsa de valores do Brasil, que destaca o desempenho de empresas comprometidas com a diversidade de gênero e raça.