Vigilância Epidemiológica de Criciúma prossegue com trabalhos de combate à dengue na quarentena

Vigilância Epidemiológica de Criciúma prossegue com trabalhos de combate à dengue na quarentena
As visitas, com a realização de vistoria ambiental e fornecimento de orientações aos responsáveis pelas residências, vêm sendo realizadas de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 13h às 15h   Desde janeiro, os agentes de combate às endemias do Centro de Controle de Zoonoses, da Vigilância Epidemiológica de Criciúma, identificaram 37 focos do mosquito Aedes aegypti, um aumento de 370% em relação a 2019, que teve no ano 10 focos. As visitas, com a realização de vistoria ambiental e fornecimento de orientações aos responsáveis pelas residências, vêm sendo realizadas de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 13h às 15h.   Os focos identificados são distribuídos da seguinte forma e por bairro: Quarta Linha (2), São Simão (1), Próspera (14), Nossa Senhora do Salete (16), Verdinho (1), Santa Augusta (1), Imigrantes (1) e Mineira Velha (1). O monitoramento é feito através de 610 armadilhas, semanalmente, instaladas em todos os bairros do Município, e 165 pontos estratégicos, cadastrados e monitorados a cada 15 dias. Os pontos estratégicos são locais com grande concentração de depósitos, considerados de risco, como: cemitérios, borracharias, depósitos de sucatas, depósitos de materiais de construção, floriculturas, entre outros.   A população deve reforçar a limpeza adequada de seus imóveis no período de quarentena, pois os focos do mosquito têm sido identificados durante todas as estações do ano.  Atualmente, os agentes estão retomando a segunda visita nos focos identificados no final de 2019, chamada de LI+T (Levantamento de Índice + Tratamento). Os bairros contemplados são: Ana Maria, Pio Corrêa, Centro e Vila Maria. “Esta segunda visita é realizada, no mínimo, dois meses após a detecção do foco, para se conhecer o grau de dispersão e manutenção do mosquito. Houve uma estabilização no quantitativo de focos nos últimos dias, mas é interessante o pessoal aproveitar a quarentena para fazer as limpezas recomendadas", explica a médica veterinária do CCZ, Mayara Vieira Tizatto.   De acordo com o último boletim epidemiológico da DIVE, número 09/2020, de 28/03/2020, Criciúma ainda não possui casos autóctones de Dengue, Febre Chikungunya e Febre pelo Zikavírus. No entanto, neste ano, foi confirmado um caso importado de Dengue no município. A pessoa contraiu a doença ao viajar para o Paraná. “Isso ressalta a importância de mantermos todos os cuidados necessários com as nossas residências, pois o mosquito já existe em Criciúma e, basta que alguém doente venha para cá, seja picado pelo vetor, para iniciar um ciclo de transmissão autóctone da doença”, enfatiza Mayara.   Prevenção, sintomas e tratamentos   O mosquito Aedes aegypti transmite quatro tipos de doenças: Dengue, Febre Chikungunya, Febre pelo Zikavírus e Febre Amarela Urbana. Para combatê-lo, é necessário os seguintes cuidados: lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água; manter caixas d’agua bem fechadas; remover galhos e folhas de calhas; não deixar água acumulada sobre a laje; encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana; trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana; colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas; manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo; fazer sempre manutenção de piscinas, etc.   Os sintomas da dengue são: febre alta, dor atrás dos olhos e dor muscular intensa. No caso da Chikungunya, além da febre alta, pode apresentar dor intensa nas articulações, podendo, inclusive, causar limitações dos movimentos. Já a doença pelo Zikavírus apresenta manchas avermelhadas pelo corpo, com coceira, e inchaço nas articulações. No caso de gestantes, pode ocasionar o nascimento de crianças com microcefalia.   Diante deste quadro, o paciente deve procurar imediatamente uma Unidade de Saúde para atendimento médico. As pessoas não devem se automedicar e nem utilizar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico, como: aspirina, melhoral e AAS. Os antiinflamatórios também devem ser descartados, pois podem aumentar o risco de hemorragias.   Já no caso da Febre Amarela Urbana, os sintomas são: febre alta de início súbito, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza, podendo levar a morte, em uma semana, se agravar o caso e não for tratada rapidamente. Diante dos sintomas, também procurar a Unidade de Saúde imediatamente. Diferente das outras doenças, a Febre Amarela possui vacina para a prevenção da doença.   O tratamento destas doenças é de suporte, pois não há uma medicação específica. Neste caso, é feito repouso, reposição de líquidos e uso de medicações para controle da febre e dor.   Texto: Letícia Ortolan Foto: Arquivo/Decom