A primeira rodada de negociações para renovação da convenção coletiva dos mais de oito mil trabalhadores das indústrias plásticas de Criciúma e região, marcada para a tarde de terça-feira (8), não ocorreu. Os representantes dos trabalhadores se retiraram da sala ao constatarem que na mesa estavam apenas advogados e administradores de empresas e nenhum dirigente dos sindicatos patronais. A data-base da categoria é 1º de abril e os salários pagos nesta semana já deveriam ter vindo reajustados.
“Perdoem os senhores e senhoras presentes, mas na ausência de dirigentes dos sindicatos patronais, empresários que têm poder de decisão, não nos resta alternativa senão nos retirarmos e aguardarmos que os patrões venham para a mesa de negociações”, disse aos presentes, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região, Carlos de Cordes, o Dé. Ele foi seguido pelos demais diretores do Sindicato que o acompanhavam.
“Os empresários do setor plástico não respeitam os trabalhadores e está comprovado pelo não comparecimento deles na mesa de negociação; já estamos em maio, passou todo o mês de abril, só agora marcam o início das negociações, mas mandam pessoas que não têm poder de decisão para negociar; já tivemos experiência semelhante no ano passado e a situação só se resolveu quando a categoria decidiu pela greve e os patrões vieram negociar; agora vamos aguardar quem decidem e representa, efetivamente, a classe patronal”, afirmou Carlos de Cordes.
Texto e foto: comunicação sindicato dos trabalhadores