Polícia Civil conclui inquérito de latrocínio de professor de Cocal do Sul
A Polícia Civil, através da Delegacia de Polícia de Cocal do Sul tomou conhecimento que Helio Antonio Pizzolo, 66 anos, foi encontrado sem vida, no interior da residência, situada na Rua João Scarpatto, bairro São João, Cocal do Sul/SC, no dia 14 de abril, sendo constatado que alguns objetos estavam fora do lugar, outros não teriam sido encontrados, como um micro-ondas, um televisor, sendo que o telefone celular havia desaparecido e a carteira pessoal estava sem dinheiro.
Conforme o laudo pericial, a morte da vítima ocorreu por choque hemorrágico face perfuração da artéria carótida comum direita, decorrente de golpe com uma arma branca na base do pescoço, à direita, razão pela qual foi instaurado o competente inquérito policial acima citado.
No laudo pericial citado, a vítima teria ido a óbito entre o dia 10 e o dia 12 de abril do corrente ano. Pelas investigações, pode-se perceber onde estavam os objetos subtraídos, que a vítima poderia ter entrado em luta corporal com o agressor, porque não havia portas arrombadas e, de acordo com a foto da mesa da cozinha, duas pessoas estiveram sentadas conversando e se alimentando no local, indicativo que a vítima conhecia o agressor e nele confiava, relata o delegado Ulisses babriel.
Diante das evidencias, foram buscadas câmeras de monitoramento nas imediações e locais próximos, constando-se que no dia 10 de abril, ao que tudo indica data em que teria ocorrido a morte, Helio Antonio Pizzolo estava na companhia de D. F. de O, não só na manhã do dia 10, mas foi até a casa de Helio e ficou até por volta de 18 horas, retornando na residência por volta de 19:47 horas e saído, novamente, por volta de 20:47 horas.
Dom, natural do Rio Grande do Sul, possui extensa ficha policial, com passagens por roubos (um qualificado por resultar lesão corporal grave), furtos, lesões corporais, homicídio, formação de quadrilha, entre outros, conforme o documento em anexo. Já em Santa Catarina, conforme o documento em anexo, D. possui passagens por ameaça, estelionato, lesões corporais e furtos.
Tudo isso demonstrou que se tratava de indivíduo dotado de alta periculosidade. Mas não é só o fato de suas passagens policiais e estar com a vítima pouco antes da morte dela que indicam a possível autoria do latrocínio. O investigado, no próprio dia 10 vendeu para um cidadão o micro-ondas, que segundo ele teria sido recebido de Hélio pelo pagamento de um serviço prestado, sendo que pelas medidas, o eletrodoméstico cabe no local de onde restou subtraído, importante citar que quando foi no dia 15 indagado sobre a morte do professor Helio, por populares, D. ficou branco e pálido, sendo que depois daquele dia evadiu-se, não fazendo contato com mais ninguém.
Diante dos elementos de prova, no dia 21 de abril de 2021, uma semana após o crime, foi requerida a prisão do investigado, sendo imediatamente deferida pelo Dr. Roque Lopedote, Juiz de Urussanga, com aval do Ministério Público, através do Dr. Elias Albino de Medeiros Sobrinho.
No início da tarde de 28 de abril D. foi preso temporariamente. Em interrogatório ele disse que havia sido contratado por Helio para fazer serviços na residência, estipulando um valor e o prazo para conclusão do serviço, que seria de sete dias. Como D. terminou antes, cobrou o valor e Helio disse que não iria pagar o valor total. Segundo D., Helio disse para ele sair da casa em cinco segundos, caso contrário não iria mais sair. Na seqüência D. disse que Hélio acertou uma facada na sua mão, quando entraram em luta corporal, tendo D. desferido nas facadas no pescoço de Hélio.
- afirmou que no dia 10 levou o aparelho de telefone celular e no dia seguinte voltou para buscar um forno elétrico, um micro-ondas, um televisor e um aparador de cerca viva, para “levantar um dinheiro” para voltar para o Rio Grande do Sul.
O investigado D. foi indiciado por latrocínio, cuja pena vai de 20 a 30 anos, e furto simples, cuja pena vai de um a quatro anos. O delegado ressaltou que quatro indivíduos que adquiriram objetos subtraídos da vítima foram indiciados por receptação. Ulisses disse que diante das provas foi requerida a prisão preventiva de D., que está preso temporariamente. É importante enaltecer o trabalho das Agentes de Polícia de Cocal do Sul e a atuação Ministério Público e do Poder Judiciário, sem os quais o caso não teria um desfecho positivo, pontuou o delegado Ulisses Gabriel.