Só em 2020 já foram localizados 41 focos do mosquito Aedes Aegypti em Criciúma, com um aumento de mais de 400% em relação ao ano passado
A Vigilância Epidemiológica de Criciúma, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), localizou mais um foco do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika virus e chikungunya. Desta vez a larva foi encontrada em armadilha no bairro Vila Isabel, no distrito do Rio Maina, e com essa localização já são 41 focos em Criciúma só em 2020, representando um acréscimo de 410% em relação a todo ano de 2019, quando foram registrados 10 focos nos 12 meses.
“Essa quantidade nos preocupa e acende o alerta para que a população reforce ainda mais os cuidados para evitar água parada. Todos os recipientes que possam acumular água devem ser armazenados de forma adequada ou devidamente descartados”, explicou a médica veterinária do CCZ, Mayara Vieira Tizatto.
Vistorias na região de Vila Isabel
A veterinária explica ainda que os agentes de combate às endemias já iniciaram as vistorias nas residências em um raio de 300 metros de onde o foco foi encontrado, no bairro Vila Isabel. Eles estão identificados com crachá, colete e veículos oficiais.
“A gente gostaria de reforçar o pedido para população atender nossos agentes para que eles possam fazer a vistoria do ambiente e passar orientações. Nas casas de pessoas do grupo de risco à Covid-19, nós não faremos vistorias no terreno, apenas passaremos as instruções à distância ou por interfone, conforme o caso”, ressaltou Mayara, acrescentando que todos os agentes trabalham com os equipamentos de proteção individual recomendados contra a disseminação do coronavirus.
Sintomas das doenças
Se a pessoa tiver febre alta, dor atrás dos olhos, manchas no corpo, dor em articulações e no corpo, deve imediatamente procurar uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico. O paciente nunca deve se automedicar.
Mais orientações da Vigilância Epidemiológica de Criciúma:
Potes de água dos animais de estimação: uma vez por semana escovar as bordas, mesmo que a água seja trocada todos os dias.
Piscinas: devem ser tratadas com cloro, se possível com filtro. Deixar tampada caso não esteja em uso.
Calhas: sempre verificar se estão obstruídas, limpar com maior frequência.
Materiais de construção e pneus: armazenar em locais cobertos e não deixar água a acumular no interior dos objetos.
Garrafas: sempre viradas para baixo.
Caixa d’água: nunca deixar destampada.
Vasos de plantas: o ideal é não utilizar o pratinho, mas se utilizar encher até a borda com areia.
Bromélia: uma vez por semana dar um jato forte de água em cima da planta se for plantada no chão. Se for em vasinho, retirar a água parada.
Folhas de coqueiros e de bananeiras com formato côncavo: uma vez por semana retirar do terreno, podendo queimar ou quebrar e descartar no lixo, dentro de uma sacola fechada.
Lixo: utilizar sacos plásticos bem resistentes e colocar em uma lixeira sempre próximo do horário da coleta.
Texto: Simone Costa
Foto: Arquivo/Decom