Uma gestante de 22 anos com dores de cabeça, tontura e problemas de hipertensão, uma mulher de 56 anos que sofreu um acidente de carro e percebeu um nódulo na mama direita, outra, com 36 anos, que descobriu estar com HPV e uma jovem de 18 anos que se queixa de TPM e cólicas menstruais. Estes foram algumas das situações baseadas em casos reais que estudantes da nona fase do curso de Medicina da Unesc se depararam nesta terça-feira (11/6), durante o Osce (Objective Structured Clinical Examination), o Exame Clínico Estruturado.
A simulação ocorreu das 7 às 13 horas, nas Clínicas Integradas da Universidade e levou casos das áreas de Ginecologia e de Obstetrícia e envolveu alunos de Medicina, que atenderam os “pacientes”, professores do curso, que avaliaram o atendimento e a prática dos acadêmicos e estudantes dos cursos de Artes Visuais e Teatro, que atuaram como pacientes.
Segundo a coordenadora do Osce, Mayra Sônego, o objetivo é avaliar o conhecimento teórico e o prático na área e o comportamento dos estudantes frente a situações do exercício da profissão. A professora salienta ainda que o exame colabora para a verificação do aprendizado e na formação de médicos preparados.
Divididos em grupos de seis pessoas, os alunos de Medicina realizam atendimento em seis diferentes salas. Antes de entrar em cada local, tiveram um minuto para ler as informações gerais do caso clínico e depois, cinco minutos para realizar o atendimento e o exame, dependendo do caso. Em cada sala, um professor avaliou o desempenho de cada acadêmico de Medicina em quesitos como velocidade, precisão no diagnóstico e atendimento de qualidade.
A professora de Ginecologia, Margarete Bristot, foi um dos avaliadores deste Osce. Segundo ela, a simulação de casos reais ajuda os estudantes a evoluírem no aprendizado. “O Osce também prepara eles para o exame de residência na área. Além disso, nós professores, conseguimos avaliar como os estudantes estão. E é uma felicidade para nós ver que eles estão aproveitando esta fase. Independente deles escolherem atuarem em Ginecologia e Obstetrícia ou não, é importante que tenham conhecimento na área”, afirma.
Oportunidade
A acadêmica da nona fase de Medicina, Daniela Dadaut Guedes conta que na quinta fase já havia participado de um Osce em Ginecologia, Obstetrícia e Pediatria e que desta vez, por já saber como o exame é realizado, conseguiu ficar mais focada no conteúdo e condutas a serem realizadas. “O grande enriquecimento para mim foi administrar o nervosismo perante situações de avaliação. Pelo tempo da prova, precisamos ter um poder de decisão maior e focar apenas no conteúdo e na conduta necessária para aquele caso. Lá fora a pressão será para sempre. Aqui, além de saber se o atendimento e o diagnóstico estão corretos, tem a pressão de ter um avaliar ao seu lado”, comenta.
Já Ramiro Grimaldi Leirias destaca que o exame salienta a necessidade do médico pensar rápido, especialmente em casos de emergência.
Para a estudante da quarta fase do curso de Teatro da Unesc, Beatriz Batista de Vila, participar da Osce foi uma oportunidade para colocar em prática os aprendizados de sala de aula. Além disso, ela salienta que participar da atividade a ajudou a conhecer melhor alguns problemas de saúde que as mulheres podem ter.
Texto e fotos: Comunicação Unesc