Agentes da Vigilância Epidemiológica identificaram larvas do mosquito Aedes Aegypti no bairro Michel
A Vigilância Epidemiológica, através do Setor de Zoonoses, encontrou larvas do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, no bairro Michel, em Criciúma. O foco foi identificado na armadilha implantada pelo Programa de Combate à Dengue em uma empresa no bairro.
De acordo com a médica veterinária e responsável técnica pelo Setor de Zoonoses da Vigilância Epidemiológica, Natália Reche, já foi iniciado o processo de Delimitação de Foco (DF), em que é traçado um perímetro de 300 metros para todos os lados partindo do foco encontrado.
“Para realizar este trabalho vamos precisar da colaboração dos moradores do bairro. Nossos agentes de endemias irão percorrer casas, empresas e terrenos baldios, vistoriando tudo o que estiver dentro do perímetro estabelecido. Precisamos eliminar possíveis criadouros para evitar que a fêmea que depositou os ovos na armadilha possa colocar em outros locais”, ressalta Natália.
Aedes Aegypti em Criciúma
Só em 2018 já foram encontrados 12 focos do mosquito em armadilhas implantadas no município. Segundo a médica veterinária, o número, maior que dos anos anteriores, foi comum em todo o estado. “Geralmente são mais expressivos em fevereiro e março, mas a combinação de calor e muita chuva, que facilita a proliferação, proporcionou esse aumento”, explica Natália.
Dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina apontam que só em 2017, mais de 70% dos focos encontrados foram nas redes de armadilhas implantadas nos municípios. “A armadilha no pneu oferece o ambiente propício onde as fêmeas tendem a colocar seus ovos. Fazemos o acompanhamento vistoriando o local a cada sete dias, durante o período larval, que é quando o ovo eclode, dessa forma, temos tempo de agir antes que se torne um problema”, salienta a médica veterinária.
Texto: Vivian Sipriano
Foto: Arquivo/Decom