Na madrugada de 27/12/18, o detento LEANDRO SOUZA DA SILVA foi encontrado morto dependurado por uma corda no pescoço no interior da cela 23, da Galeria E, do Presídio Regional de Criciúma, onde se encontravam recolhidos outros 12 detentos. Inicialmente o caso foi tratado como suicídio, mas por intermédio das perícias criminais realizadas pelo IGP e IML foi constatado que o suicídio foi forjado, decorrendo a morte de asfixia diversa de enforcamento.
Através das investigações realizadas pela DIC foram obtidas robustas provas
Indicando que o homicídio foi praticado em conjunto por cinco detentos,
sendo eles João Figueredo Corrêa Junior, vulgo “dui”, de 28 anos, Maximiliano
Rodrigues Nunes, de 27 anos, Ricardo de Souza Cechinel, vulgo “cachorro Louco”, de 27 anos, Alisson Américo Carvalho, vulgo “jovem”, de 23 anos, e Marcelino de Lima, vulgo “lobão”, de 29 anos, que naquela madrugada retiraram a vítima à força da cama, o derrubaram no chão, o asfixiaram com um golpe de “mata leão” e depois o penduraram na grade para simular o Suicídio.
Foi apurado durante a investigação que a vítima era considerado “cagueta” (delator) e havia sido decretado de morte por uma facção criminosa, cabendo aos cinco indiciados a “missão” de matá-lo. Os cinco detentos, que continuam presos, foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado pela torpeza e asfixia, e de participação em organização criminosa.
Esse era o último caso de homicídio do ano de 2018 pendente de conclusão. Em 2018 ocorreram 20 homicídios em Criciúma, dos quais 18 foram esclarecidos, resultando em 90% de resolutividade, esclareceu o delegado responsável pela DIC, André Borges Milanese.
Fonte: Dici Criciúma