Os alunos que integrarão a edição do projeto Viver SUS (Vivências e Experiências na Realidade do SUS), representantes das redes municipais de saúde e professores da Unesc participaram de uma capacitação na tarde de sexta-feira (12/7). O grupo contou com uma programação especial voltada à preparação para a prática do projeto, que inicia já na próxima segunda-feira, dia 15, e segue até a sexta-feira, dia 19, abrangendo as regiões da Amrec, da Amesc e da Amurel. Esta edição do evento comemora os 25 anos do programa Estratégia Saúde da Família.
A tarde de atividades que antecederam o início do projeto em si contou com palestra, roda de conversa e apresentação completa da ação, assim como a divisão dos grupos que irão desenvolver atividades nos sete municípios participantes. O projeto conta com alunos dos cursos de Biomedicina, Enfermagem, Educação Física (Bacharelado), Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Psicologia e Odontologia da Unesc e os profissionais participantes do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica/Saúde da Família/Saúde Mental da Unesc.
Extensa programação
Quem comandou a primeira parte das atividades foi a médica endocrinologista Zita Momm Paganelli. Sob ponto de vista da Logosofia, Zita tratou sobre o tema “O exercício profissional na área de saúde e o cultivo de valores humanos”, levando aos presentes reflexões sobre seus papeis perante as pessoas e o ambiente em que atuam e atuarão no futuro.
Já a roda de conversa contou com a presença do secretário de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande, da reitora e professora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, dos professores da Instituição, Ioná Vieira Bez Birolo e Aníbal Dario, e do enfermeiro José Otávio Feltrin, para discussões e explanações sobre o tema desta edição do Viver SUS, os 25 anos de Estratégia Saúde da Família.
Todos os convidados para a conversa tiveram participação ativa na construção do programa Estratégia Saúde da Família em Criciúma e região. No debate os profissionais puderam destacar o início dessa trajetória, a evolução do trabalho ao longo dos 25 anos e aquilo que se mostra necessário no cenário atual.
Na avaliação de Acélio, as questões ligadas à saúde de lá para cá levaram a um cenário em que o foco é muito mais voltado ao atendimento para tratar o que já está posto e não, como o desejado, para prevenção de doenças. “Costumo dizer que o objetivo que tínhamos na criação do programa era oferecer a promoção da saúde e esse foco permanece sendo o principal. Não podemos mais ser gestoras para doentes e, sim, para promover a saúde de forma geral. Para isso é preciso conhecer as comunidades, as realidades, as condições das famílias. Estamos retomando essa linha para voltar a ser referência no assunto”, comentou.
Conforme Luciane, ao lembrar os 25 anos da criação do programa, o momento é de retomada da valorização dos serviços e, é claro, do aprimoramento, sendo fundamental a participação ativa daqueles que em breve estarão no mercado. “O projeto Vivências e Experiências na Realidade do SUS nasceu justamente com o objetivo de que o estudante de graduação não seja engolido pelo cenário sem chegar até ele e conhecê-lo adequadamente. Deixo meus parabéns para vocês que se disponibilizam, durante o seu período de recesso, a integrar o programa e ir até os municípios conhecer melhor, como irão fazer amanhã como profissionais”, salientou.
A mensagem deixada por José Otávio foi de dedicação à profissão escolhida. “Para trabalhar na área da saúde pública ou coletiva precisa de perfil, vontade, persistência, persistência e persistência. Se fizerem, façam com amor e bem feito”, enfatizou.
Para a professora Ioná, a orientação é de que os estudantes que estiverem na próxima semana visitando as comunidades participantes aproveitem a oportunidade. “Nessa experiência aproveitem para aprender com a comunidade e tenham um olhar sensível para a necessidade das pessoas. Não julguem. Essa é uma boa forma de começar nessa caminhada. Sejam felizes nessa experiência”, finalizou.
Ao acompanhar de perto o evento, a diretora de diretora de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias da Unesc, Fernanda Sônego, avaliou as atividades como enriquecedoras. “Todos deixaram sua contribuição para que os alunos saiam daqui mais bem preparados e engajados na causa do Viver SUS. Esse projeto é muito importante para a Universidade e certamente também será para as comunidades que o receberem na próxima semana”, pontuou.
Texto e fotos: Comunicação Unesc