Média mensal de novos empregos passa de 1,1 mil na Região Carbonífera

Média mensal de novos empregos passa de 1,1 mil na Região Carbonífera

Entre janeiro e abril, os 12 municípios que compõem a Região Carbonífera acrescentaram 4.628 postos de trabalho com carteira assinada, o que significa média mensal superior a 1,1 mil novos empregos gerados. É também o melhor desempenho desde a instituição do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), estatística oficial do Ministério do Trabalho e Emprego.

 

 

Em 2020, primeiro ano do Novo Caged, a região teve saldo negativo de 1.504 vagas no período, sob a influência da suspensão das atividades econômicas em decorrência da pandemia de coronavírus.

 

Com a recuperação da economia a partir do segundo semestre daquele ano, o saldo voltou a ficar positivo em 2021, quando a região contabilizou 4.530 empregos adicionados de janeiro a abril.

 

Desde então, o mercado formal continuou aquecido, embora a soma de novas vagas na região tenha reduzido para 3.756 no primeiro quadrimestre de 2022 e para 2.960 no mesmo período de 2023.

 

“O mercado de trabalho vem demonstrando um dinamismo forte neste ano de 2024, tanto no Brasil como em Santa Catarina, sendo que a taxa de desemprego marcou 7,5% no país e 3,8% no Estado, uma das menores dos últimos anos. Desta forma também, isso vem se refletindo em Criciúma e região”, explica o economista Leonardo Alonso Rodrigues.

 

“Seguindo a tendência dos últimos meses, abril foi mais um mês com números positivos sobre o mercado de trabalho formal no Sul do Estado, com o fechamento do primeiro quadrimestre agregando 1.812 novos trabalhadores em Criciúma; 4.628 na Região Carbonífera e 9.402 na mesorregião Sul catarinense”, acrescenta o também economista Alison Fiúza.

 

Consultores da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), os especialistas elaboram o Boletim Mensal de Empregos, no qual os dados são compilados e analisados. O documento completo está disponível para consulta no site da entidade empresarial, nos Indicadores Socioeconômicos.  

 

Municípios

 

Todos os municípios da Região Carbonífera obtiveram resultados positivos com relação à geração de empregos nas três bases de comparação, sendo o comparativo realizado frente ao mês anterior; mesmo mês do ano anterior e por último, no acumulado do ano.

Em relação ao último comparativo (acumulado do ano), Criciúma foi o município que mais gerou empregos (1.812) e Treviso o de menor quantidade (70). Com isso, ao fim do primeiro quadrimestre de 2024 a região acumulava estoque total de 157.301 empregos formais.

 

 

Setores

 

A geração de empregos na região é liderada pela indústria, que no primeiro quadrimestre acrescentou 2.025 postos de trabalho. Quando desagregado, o segmento que registrou maior saldo de vagas foi o de fabricação de produtos de material plástico (366 no período) e, por outro lado, laticínios (-102) foi o que registrou maior saldo negativo.

Também houve destaque nos serviços, com o acréscimo de 1.772 vagas formalizadas na região, de janeiro a abril. “Os números vinculados às atividades setoriais refletem também a melhora do crescimento catarinense. Como exemplo, o setor industrial cresceu 3,5% em termos de produção; o de comércio avançou 4,1% e o de serviços cresceu 5,9%, ambos em volume de vendas”, exemplifica Rodrigues.

 

Essas comparações levam em consideração os dados do primeiro trimestre de 2024 em relação ao primeiro trimestre de 2023. 

 

 

Perspectiva de melhora

 

Segundo Fiuza, para os próximos meses a tendência é que o mercado de trabalho continue melhorando. “De todo modo, é importante considerar o cenário de riscos que passamos também, como o cenário das contas públicas nacionais que estão no radar, os impactos devido aos desastres ocorridos no Rio Grande do Sul, que possuem influência direta tanto no Sul brasileiro como no país como um todo, e ainda um ambiente internacional com conflitos geopolíticos e política monetária ainda restritiva”, ressalva.