Demanda por profissionais de Tecnologia da Informação é discutida em reunião na Acic

Demanda por profissionais de Tecnologia da Informação é discutida em reunião na Acic
Durante o encontro, o CEO da Betha Sistemas, Aldo Garcia, apresentou dados do setor

Questões relacionadas à tecnologia da informação (TI) foram discutidas na reunião de diretoria da Associação Empresarial de Criciúma (Acic) nesta semana. Durante o encontro, o CEO da Betha Sistemas, Aldo Garcia, apresentou dados e desafios do setor, entre eles, como superar a carência de profissionais qualificados.

“A demanda é bastante grande, se fala em 450 mil postos não preenchidos até 2025, por conta do aumento de necessidade de mão de obra”, expõe Garcia, que também é diretor da Acic.

Em termos de geração de empregos, no país o setor acumula crescimento de 5,78% no ano. “Vem crescendo, principalmente impulsionada pela pandemia. Saímos de 1,7 milhão de empregos para mais de 2 milhões em agosto deste ano. Do ano passado para cá, foram mais de 97 mil novos empregos”, aponta, ressaltando que Santa Catarina é o segundo maior gerador de empregos no setor, atrás apenas de São Paulo.

Mercado

No cenário mundial, o Brasil se posiciona na décima colocação entre os países que mais consomem TI, com investimento anual de US$ 45 bilhões, em um universo que movimenta quase US$ 3 trilhões. Os Estados Unidos têm hoje investimento de US$ 1 trilhão, à frente da China, com US$ 333 bilhões, e do Japão, com US$ 161 bilhões.

Na América Latina, o Brasil é o primeiro, com 40% do mercado de TI. Internamente, a liderança está com o Sudeste, que detém 62,6% do mercado, enquanto a Região Sul aparece na segunda posição, com 13,6%.

Liderança

Em relação aos negócios, a TI se divide em três grandes blocos: hardware, serviços e software. O Brasil se posiciona no mercado com 58% de hardware, 18% de serviços e 25% de software. “Os mercados mais desenvolvidos têm uma proporção maior de software e serviços”, observa Garcia.

Por sua vez, o mercado de software e serviços se divide por segmentos. O de atuação da Betha, o governamental, é responsável por US$ 1 bilhão de investimentos no país. Nesse mercado, a empresa criciumense se posiciona em primeiro lugar, o equivalente a 8,78% da capacidade de compra de todo o segmento, contra 2,99% do segundo colocado.

“A Betha está presente em 23 estados, mais de 800 municípios, com 3 mil clientes e 1,5 milhão de usuários dos sistemas em nuvem. Nossa atuação nacional contempla sete filiais e 22 revendas”, acrescenta o CEO.

Desafios

De acordo com Garcia, a transformação digital é uma necessidade muito grande dos governos, para que os cidadãos não tenham que ir até a prefeitura e possam acessar os serviços digitalmente. No entanto, enfrenta desafios.

 

“Uma avaliação feita nas 150 maiores cidades do país mostra que falta cultura digital, falta informação, há ausência de serviços específicos e entre os desafios também está integrar os serviços, encontrar caminhos para uma agenda de transformação digital nos municípios”, pontua.