Abril lilás: Câncer de testículo atinge os mais jovens

Abril lilás: Câncer de testículo atinge os mais jovens
Doença pode ser mascarada por inflamações transmitidas sexualmente

Muitas vezes confundido com inflamações provocadas por doenças sexualmente transmissíveis, o câncer de testículo atinge os mais jovens com 95% dos casos diagnosticados, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre os 15 e 40 anos. Para chamar a atenção desta população o “Abril Lilás”, reforça para a importância da prevenção e sobretudo o diagnóstico precoce. “Este tipo de tumor tem alta taxa de cura, mas ele evolui muito rápido e muitas vezes, por estarem com a vida sexual ativa, os sintomas não ficam perceptíveis”, sublinha o urologista, Rozenir Ramos.

Além da idade, outros fatores podem aumentar as chances de desenvolvimento do câncer de testículo, como: HIV, infertilidade, histórico familiar, entre outros. “É importante estar atento à alterações, como o aumento ou diminuição no tamanho dos testículos, dor imprecisa no abdômen inferior, sangue na urina, aumento ou sensibilidade dos mamilos e rigidez no testículo”, destaca.    

Segundo o especialista, para detectar o câncer precocemente, os homens devem fazer um autoexame dos testículos periodicamente. O diagnóstico é realizado a partir da combinação entre a avaliação clínica, exames de sangue e de imagem como a ultrassonografia e a ressonância magnética da bolsa escrotal. “Os exames de imagem permitem a observação do nódulo, normalmente bem vascularizado. O câncer tem essa característica de se alimentar de novos vasos, o que faz com que o crescimento seja bem exacerbado”, explica.

O tratamento varia de acordo com o caso e pode ser realizado por quimioterapia, radioterapia ou acompanhamento clínico. A escolha depende de investigação, que avalia a presença ou a possibilidade de disseminação da doença para outros órgãos. “A retirada do testículo não prejudica a função sexual do paciente. A capacidade reprodutiva também é mantida, desde que o outro testículo esteja saudável”, salienta.

 

Texto:Fernanda Zampoli