Situação dos aposentados em Criciúma é tema da Tribuna Livre
A Tribuna Livre, da sessão de terça-feira (1), foi destinada à Associação dos Aposentados e Pensionistas de Criciúma. A intenção foi atualizar os vereadores quanto à situação dos associados com a nova lei de aposentadoria e suas reivindicações. A Associação foi representada pela presidente Maria do Carmo e pelo vice Aldo Batista. O convite foi feito pelo vereador Zairo Casagrande (PDT).
“A reforma da previdência foi a maior mudança do sistema previdenciário dos últimos 50 anos. O governo federal pretende economizar R$ 855 bilhões em 10 anos. 80% da economia virá do sacrifício dos pensionistas que ganham até R$ 2 mil. Ou seja, o povo simples pagará essa conta”, enfatizou o vereador.
Segundo a presidente, a associação conta com 1,3 mil associados, mas o município tem cerca de 24 mil aposentados. “Nós queremos fazer a diferença, queremos que os aposentados tenham um lugar para recorrer quando precisam de atendimento especializados, queremos que nossos idosos tenham um amparo legal porque hoje em dia, no Brasil, ele é deixado de lado”, relatou Maria.
Dentre os objetivos da Associação está uma clínica para poder ajudar o sistema de saúde da cidade a zerar suas filas. A situação dos idosos em Criciúma também foi um dos temas falados pelo vice Aldo Batista.
“Nós fizemos uma peregrinação e fomos em mais de 400 casas e vocês não fazem ideia como a gente viu pobreza, aposentados ganhando um salário mínimo. Você vai em um local pedir algo para esses velhinhos e é tão difícil, tem tanto entrave”, relatou.
Atualmente, a Associação recebe 1% do salário mensal de cada salário recebido pelo aposentado, mas, deste 1%, cerca de 13% fica com a Confederação Brasileira de Aposentados (Cobap), 10% para a Federação dos Aposentados de Santa Catarina e 2% para Ação Social, sobrando 75%.
Entre os serviços que a Associação oferece está o atendimento médico, psicológico e ainda acupuntura. “Hoje, se nós tivermos uma clínica, quantas pessoas iriam sair da fila do SUS? Acima dos 50 anos, todos começam a precisar de médico. Você quer fazer um check-up, porque está preocupado e nós estamos lá. Mas nós queremos atender o nosso aposentado, a família do aposentado, se você levar hoje pode ser feito, só precisa pagar o preço que o médico cobra”, comentou Batista.