Químicos continuam em negociação com a classe patronal
A terceira rodada de negociações entre os sindicatos profissional e patronal dos mais de 8 mil trabalhadores das indústrias plásticas descartáveis, flexíveis e de reciclados de Criciúma e região, realizada segunda-feira (25) terminou para os trabalhadores com três certezas. Os patrões querem "modernizar" a redação de cláusulas, retirar direitos dos trabalhadores e fragilizar as condições do Sindicato, para que no futuro mais direitos sejam retirados.
A síntese do encontro é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região, Carlos de Cordes, o Dé. "A diretoria e assessoria jurídica do nosso sindicato consideram importante a modernização da redação, sistematização e organização das cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, desde que direitos não sejam tirados, precarizados ou reduzidos", esclarece Dé.
Após uma hora e meia da rodada de negociação desta segunda-feira, conforme o dirigente sindical, foi possível entender a lógica e os princípios da comissão de negociação que representa na mesa a classe patronal. "Reajuste salarial sem aumento real, nada de abono de férias, implantação de banco de horas e redução ou fim do adicional noturno, entre outros direitos que levamos décadas para conquistar eles querem acabar", acrescenta.
A diretoria do Sindicato dos trabalhadores deixou na mesa uma proposta que considera factível e que pode ser levada para apreciação da categoria em assembleias: reajuste salarial com ganho real além da inflação para toda categoria, abono anual e renovação da convenção coletiva 2017/2018, terminada em 31 de março passado, apenas "modernizando" a redação das cláusulas.
"A categoria está em polvorosa, tememos pelo futuro, lamentamos esta demora dos patrões e esperamos que eles tenham bom senso", finalizou Carlos de Cordes, revelando que por decisão colegiada da diretoria do Sindicato, nos próximos dias terá início uma intensa campanha de mobilização da categoria em toda região, para mobilizar e conscientizar os trabalhadores sobre as negociações com os sindicatos patronais.
Texto e foto: Comunicação Sindicato