Núcleo de Bem-Estar Animal começa a funcionar em abril para castração e tratamento médico veterinário. Medida visa intensificar posse responsável
A partir do dia 1º de abril, a Prefeitura Municipal, por meio da Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri), irá intensificar o recolhimento de animais errantes na cidade. O controle populacional será feito com base na Lei Municipal 7.367 de dezembro de 2018, que determina a criação do Núcleo de Bem-Estar Animal.
O local será gerenciado pela Famcri, abrigando temporariamente cães e gatos. Segundo a presidente da fundação, Anequésselen Bitencourt Fortunato, estima-se que mais de 5 mil cães e gatos vivam em situação de rua no município. “Dando cumprimento à legislação, vamos passar a recolher os animais errantes que estiverem em vias públicas, sem guia, para castração e tratamento médico veterinário”, explica.
O Núcleo de Bem-Estar Animal irá funcionar no mesmo local onde atende o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), entretanto, terá uma finalidade diferente. “É um setor onde serão recebidos os animais encontrados nas ruas sem castração e com algum tipo de doença ou situação que não seja considerada zoonose, como por exemplo, sarna, carrapato e pulga”, acrescenta a presidente.
O local não irá funcionar como abrigo, mas visa intensificar a posse responsável. Após a castração, observação, tratamento e período de recuperação, os animais serão colocados para adoção responsável ou devolvidos para os locais de origem ou proximidades.
Situação comum nos parques da cidade
Os parques de Criciúma são os locais de maior concentração de animais em situação de rua ou posse irresponsável. De acordo com o presidente da Fundação Municipal de Esportes (FME), Nícola Martins, que administra os locais, o fato é mais recorrente no Parque dos Imigrantes.
“Os parques têm características diferentes. O Parque das Nações é mais central e não está em uma área residencial. Já no Parque dos Imigrantes a situação é bem mais comum, por se tratar de uma região cercada por casas”, exemplifica.
No parque localizado no bairro Próspera, as estratégias de controle populacional têm se mostrado eficientes com a proibição de animais sem identificação ou guia. No Rio Maina, as medidas preventivas começam a ser aplicadas imediatamente.
“As pessoas costumam abandonar cães lá, e esses cães acabam atraindo outros. Já temos uma equipe orientada para fazer o correto recolhimento desses animais que serão encaminhados para a Famcri. A partir de agora, não será permitida a entrada de nenhum cão ou gato sem guia ou coleira. Serve também para tutores de cães que passeiam sem a guia”, reforça Nícola.
Denúncias
Denúncias de animais errantes podem ser feitas através do setor da Ouvidoria da prefeitura, pelo telefone 156. Já o tutor que comprove hipossuficiência de renda, pode levar o animal para castração mediante agendamento no núcleo.
Texto: Vivian Sipriano: Foto arquivo JB