Coletiva de Artistas do Sul traz produções que convidam à reflexão

Coletiva de Artistas do Sul traz produções que convidam à reflexão
A arte e a cultura regional ganharam mais uma vez espaço na Universidade. Na noite de sexta-feira (10/11), foi aberta a 3ª Coletiva de Artistas do Sul, com produções de  20 artistas de oito municípios da região. A exposição pode ser apreciada até março de 2018 no Espaço Cultural “Toque de Arte”, localizado no hall do Bloco Administrativo, e traz obras em pintura, instalação, objeto, fotografia, escultura, computação gráfica, serigrafia, xilogravura e desenho.   O artista Edi Balod, falou em nome dos expositores e além de agradecer pela oportunidade dada para artistas experientes e iniciantes, chamou a atenção para a qualidade dos trabalhos e o cuidado da organização desde o edital até a curadoria e a montagem da mostra. “A Coletiva de Artistas teve uma curadoria competente e uma equipe com profissionalismo e cuidado com as obras e os artistas”.   Para o diretor da UNA HCE (Unidade Acadêmica de Humanidades, Ciências e Educação) e um dos curadores da exposição, Marcelo Feldhaus, foram encaminhadas 72 propostas para avaliação da curadoria e os trabalhos tinham uma elevada qualidade. Ele explicou que as obras não foram agrupadas em blocos, mas dispostas de maneira que dialogassem entre si e promovessem reflexão. “A arte produz pensamento e a Coletiva colabora com a disseminação da cultura regional e convida à refletir sobre diversos temas da nossa realidade”, comenta.   A coordenadora do Setor de Arte e Cultura da Unesc, Amalhene Baesso Reddig, contou que na primeira Coletiva de Artistas do Sul, a Universidade teve a parceria da Fundação Cultural de Criciúma e catálogos foram impressos. Na segunda, em 2015, além de impressos, os catálogos estiveram disponíveis na versão online. Já na terceira edição, Amalhene informou que 300 catálogos com as produções expostas serão impressos e distribuídos para escolas públicas e bibliotecas da região, além da versão online que será disponibilizada no site da Unesc. “Nós acreditamos que a arte tem poder de transformação de espaços e pessoas”, afirmou, agradecendo aos artistas, à equipe e aos patrocinadores do evento. Já a curadora Daniele Zacarão, lembrou que a Coletiva também é um espaço de pesquisa para os artistas da região e abordou a importância do incentivo a projetos como este.   Coletiva também abre as portas para artistas iniciantes   CJ Bonroy, aluno da quarta fase de Artes Visuais, é um dos 20 expositores da Coletiva. Ele conta que desde cedo começou o interesse pela arte. “Eu cresci em um local que não tinha muito espaços cultural para exposições de arte, mas eu sempre tive vários livros do assunto. Quando eu decidi fazer graduação, a conexão era total com a arte e estou experimentando várias possibilidades de linguagens artísticas”, afirma.   CJ Bonroy é de Cocal do Sul e a sua obra, Vanitas, é uma produção tridimensional. “Ela fala sobre a fragilidade e efemeridade da vida, sobre os espaços culturais que morrem, que se perdem. Procuro fazer uma relação com o Centro Cultural Jorge Zanatta, que ele está quase morto e por um grupo de pessoas engajadas ele ainda está respirando.   Apresentações culturais   A Coletiva também abriu espaço para apresentações de dança, música e performance. O Grupo Dallas foi o responsável pela música do evento, que contou ainda com a apresentação do grupo de dança Maria da Glória, com a coreografia Operários, do coreógrafo e estudante de Artes Visuais da Unesc, Walter Gobbo.   As apresentações culturais enceraram com a performance “Não Recomendado”, de Ohara Gray, a identidade de Kauê Mateus Beletini, acadêmico de Artes Visuais.     União pela arte e pela cultura   A Coletiva que reúne artistas da região Sul é realizada por uma parceria entre a Universidade e o Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, e recebe auxílio financeiro da Betha Sistemas, da Anjo Tintas e do Bistek Supermercados.   Texto e foto: Milena Nandi