Chuvas dos últimos dias deixa água parada resultando na proliferação do Aedes Aegypt, mosquito responsável pela transmissão da dengue, zika virus e chikungunya
Cinco focos do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika virus e chikungunya, foram descobertos pelo Programa de Combate a Dengue da Vigilância Epidemiológica de Criciúma só no mês de janeiro. O bairro Quarta Linha foi o primeiro a ter dois focos encontrados em momentos diferentes, chamado de revisão de foco. Já no São Simão, um foco foi achado devido a armadilha que é monitorada semanalmente pela equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) do município.
Já no final do mês, foram encontrados um foco no bairro Próspera e um no Nossa Senhora da Salete. “Esses a gente pegou em pontos estratégicos, áreas consideradas de risco, devido a grande quantidade de recipientes que tem no local e que podem acumular água. Por exemplo cemitério, ferros velhos, borracharias e floriculturas”, explicou a médica veterinária do CCZ, Mayara Vieira Tizatto.
Os agentes de combate às endemias vão realizar vistorias nas residências dos munícipes. Eles estarão identificados com crachá e colete e utilizarão carros oficiais ao realizar as vistorias. O horário de vista dos profissionais é das 8h às 11h e das 13h às 15h. A inspeção, no primeiro momento, será feita apenas de segunda a sexta-feira. “A gente gostaria de reforçar o pedido para população de atender os agentes de endemias para que eles fazerem a vistoria do ambiente, dar as orientações”, ressaltou Mayara.
A veterinária recomenda que cada morador tire pelo menos 10 minutos do dia, uma vez por semana, para olhar o interior da casa e principalmente a área externa. “Todos aqueles recipientes côncavos, que possa acumular água devem ser armazenados de forma adequada, ou virar a boca para baixo, ou colocar embaixo de uma cobertura, que não chova pelas laterais ou fazer o descarte adequado”, instrui.
Se qualquer pessoa tiver febre alta, dor atrás dos olhos, manchas no corpo, dor em articulações e no corpo, deve imediatamente procurar uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico. O paciente nunca deve se automedicar.
Mais orientações da Vigilância Epidemiológica de Criciúma:
Potes de água dos animais de estimação: uma vez por semana escovar as bordas, mesmo que a água seja trocada todos os dias.
Piscinas: devem ser tratadas com cloro, se possível com filtro. Deixar tampada caso não esteja em uso.
Calhas: sempre verificar se estão obstruídas, limpar com maior frequência.
Materiais de construção e pneus: armazenar em locais cobertos e não deixar água a acumular no interior dos objetos.
Garrafas: sempre viradas para baixo.
Caixa d’água: nunca deixar destampada.
Vasos de plantas: o ideal é não utilizar o pratinho, mas se utilizar encher até a borda com areia.
Bromélia: uma vez por semana dar um jato forte de água em cima da planta se for plantada no chão. Se for em vasinho, retirar a água parada.
Folhas de coqueiros e de bananeiras com formato côncavo: uma vez por semana retirar do terreno, podendo queimar ou quebrar e descartar no lixo, dentro de uma sacola fechada.
Lixo: utilizar sacos plásticos bem resistentes e colocar em uma lixeira sempre próximo do horário da coleta.
Texto: Stefanie Machado / Foto: Arquivo Decom