Moradores e alunos da Vila Esperança fazem manifestação pedindo a conclusão da escola
Um pouco da historia da Escola Amaro João Batista
A escola Amaro João Batista fica localizada na rua Fausto Antônio Marques bairro Vila Esperança. O projeto apresentado em 2019 era para construir uma nova área de 2.300,25 m². O prazo de execução e entrega da obra era de um ano. Avaliada em mais de R$ 2 milhões, a obra foi o maior investimento da Administração Municipal em uma unidade escolar naquele ano.
“Teremos uma escola moderna e atual, que vai acolher o que temos de melhor, os nossos meninos e meninas. Acreditamos que através da educação mudamos a vida de uma criança e, por consequência, das próximas gerações”, enfatizou o prefeito naquela noite em 2019.
Foi dito que toda a estrutura de madeira do local seria derrubada para dar lugar a um espaço totalmente novo. A empresa responsável que ganhou a licitação foi a MR Administração de Obras LTDA. “Tenho certeza que daqui a um ano haverá uma grande mudança nesta região, com a bela escola que teremos. Vamos colocar no chão a última escola de madeira do município. Será construída também uma quadra poliesportiva para nossos alunos”, afirmou naquela noite a secretária de educação Roseli de Lucca.
O tempo passou e a escola foi iniciada, mas para a surpresa dos moradores a mesma foi abandonada. Cansado de esperar pelas autoridades, os pais de alunos resolveram fazer uma manifestação no ultimo sábado 16 em frente da escola e pelas principais ruas do bairro.
A cozinheira Brenda Brito que tem filhos estudando na escola, não escondeu a tristeza quando foi perguntado o que ela achava da obra está parada há muito tempo, e porque estava participando da manifestação. Pra mim é uma decepção, eu como moradora ter que sair do meu bairro para levar um dos meus filhos para outra escola, sabendo que poderia está aqui, é uma vergonha. Estou participando da manifestação porque estamos cansados de esperar pelas pessoas que nos representam. Estamos aqui com muitos pais, e se for preciso fazer outra manifestação eu estarei presente, disse Brenda.
A costureira Monaliza Vieira que tem dois filhos, também participou da manifestação. Olha, eu não acredito que eles fizeram isso com a gente. É uma escola de madeira, e ainda por cima está comprometida. Já faz mais de quatro anos que estamos esperando pela construção da nossa escola, e o que estamos vendo é um abandono total. Estou aqui com as mães e a comunidade, estamos lutando pelos nossos direitos. O que a gente quer é vê essa escola pronta, e não do jeito que está, lamenta Monaliza.
Felipe Rocha que já foi aluno da escola não escondeu a frustração pelo abandono. Meus amigos conversaram comigo pra gente se organizar e fazer uma manifestação. Começamos a fazer contato com vários moradores e pais de alunos que se prontificaram em participar da manifestação. Estamos muito decepcionados com o abandono da nossa escola.
Eles prometeram, começaram a obra em 2019 e o contrato era terminar em 2020, mas já estamos chegando em 2024 e nada da escola ficar pronta. Quero agradecer a todos que participaram desta manifestação que foi pacifica e atingimos o nosso objetivo que foi chamar a atenção das autoridades. Vamos aguardar nos próximos dias uma manifestação do poder público, e caso não obtivemos respostas, vamos formar uma comissão e ir até a prefeitura. A gente não descarta fazer uma grande manifestação na prefeitura em busca dos nossos direitos, ressaltou Felipe.
Município aguarda finalização dos prazos judiciais para concluir a obra
As obras de construção da nova Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Amaro João Batista, no bairro Vila Nova Esperança, iniciaram em 2020. Por conta de problemas na execução dos serviços prestados, o contrato com a empresa vencedora do certame licitatório da prefeitura fora rompido em abril de 2022.
A Administração Municipal iniciou, ainda em 2022, um novo processo de licitação visando a contratação de uma nova empresa para a conclusão das obras. Todavia, por conta de uma ação judicial ingressada pela empresa que iniciou os trabalhos e deferida pela Justiça, a retomada do certame fora impedida. Com toda a parte técnica e os documentos organizados, o município de Criciúma aguarda, agora, a finalização dos prazos judiciais para licitar e concluir as obras, informou a nota da Secretaria de Educação