• Marcas indesejadas: médica dermatologista explica que é possível combater estrias e cicatrizes de cesárea

• Marcas indesejadas: médica dermatologista explica que é possível combater estrias e cicatrizes de cesárea
Dermatologista detalha melhores tratamentos para cicatrizes de cesárea e estrias


Ter qualquer imperfeição no corpo seja qual for tamanho pode trazer problemas para a vida de qualquer pessoa. Cicatrizes de cesárea e estrias trazem histórias, mas muitas vezes deixam de ser felizes e se tornam um incômodo. No entanto, esse é um problema para o qual há tratamento, e a autoestima e alegria podem estar de volta.

A estria é a ruptura, quebra de fibras elásticas com alterações variáveis em fibras colágenas da pele. Além de ter um fundo genético, é causada principalmente pela distensão abrupta da pele - seja porque o paciente engordou muito rápido ou no estirão do crescimento na puberdade ou, por exemplo, na gestação em que a barriga distende muito rápido. “Essas fibras não conseguem aguentar essa distensão e elas se rompem e acabam criando essas lesões características lineares”, explica a dermatologista Ana Carolina Búrigo Lima, da clínica Belvivere.

A dermatologista detalha que no começo, as estrias são avermelhadas - estrias rubras - por todo o grau de inflamação que acontece no local e a medida que vai maturando essa inflamação, elas vão ficando brancas. São chamadas, então, de estrias albas. “Ambas têm tratamento, sendo que a estria rubra é a que melhor responde a ele. Então, é a fase em que deve-se intervir para ter um resultado melhor. Para a estria, a gente costuma usar tratamentos a laser e microagulhamento”, comenta Ana Carolina.

Já a cicatriz de cesárea traz uma história, que muitas vezes é de alegria. Uma recordação que deveria ser bonita, tem a capacidade de se transformar em um capítulo desagradável. “A mulher terá aquela cicatriz para o resto da vida; então quanto mais imperceptível for ela, quando a mulher olhar vai ter sentimentos bons da gestação e do parto. Quando a gente tem uma cicatriz que porventura alarga ou fica hipertrófica ou avermelhada/escurecida, por vezes, desperta sentimentos negativos na pessoa. Essa é uma fase tão bonita da mulher/da gestante, e a gente não pode deixar com que uma cicatriz inestética abale-a, sendo que a grande maioria tem tratamento”, garante Ana Carolina.

Dicas

A dermatologista reitera que o principal cuidado na cicatriz pós-cesárea é evitar a contaminação. “A higiene dessa ferida operatória é muito importante: não tenha medo de lavar com água ou soro fisiológico o local. Tente evitar a formação de crostas na ferida porque isso pode dificultar a cicatrização, e sempre proteja a ferida contra trauma, por isso que a gente pede sempre repouso, porque se a gente ficar mobilizando, a gente não deixa aquela pele cicatrizar”, afirma.

“Além disso, nesse período, na hora em que é feita a ferida operatória, a gente pode usar toxina botulínica para tratamento de cicatrizes, principalmente se a gente já sabe que o paciente tem uma cicatrização ruim. A toxina botulínica serve para relaxar a musculatura, não fazer tensão naquela ferida operatória e ter uma cicatrização melhor”, acrescenta a dermatologista.

O auxílio da dermatologista pode ser iniciado já quando a nova mamãe tira os pontos. “Neste momento, já podemos iniciar o tratamento com cremes e gel de silicone. Este cuidado vai desde o momento em que se retira o ponto, até três meses depois. E a depender do resultado, iniciamos o tratamento a laser dentro desse período”, destaca Ana Carolina.

Qual é o momento de iniciar o tratamento para uma cicatriz?

A dermatologista explica que não há como apagar uma cicatriz. “O que podemos fazer é tratar alguma patologia dentro da cicatriz. A gente vai tratar para que a cicatriz fique uma linha fina, e que a gente enxergue, mas que não denote nenhuma patologia em cima daquilo”, comenta.

Se a pessoa já tem uma história de cicatrização ruim, a orientação é procurar uma dermatologista precocemente. “Pode procurar ajuda de um profissional na retirada dos pontos, pois já começamos toda a intervenção, talvez com uma toxina botulínica ou gel de silicone para cicatrizar melhor. Já de maneira precoce, podemos utilizar tecnologias como laser de CO2, Luz Intensa Pulsada, Radiofrequência e microagulhas para melhorar a textura e coloração da cicatriz. Não espere passar anos depois da cicatriz para procurar um profissional. Quanto mais precoce, melhor é a resposta”, pontua. 




Texto: Rafaela Custódio/Traquejo Comunicação 
Fotos: Divulgação