Aula no moinho manual de pedra foi realizada nesta terça-feira e reuniu alunos da Escola Municipal Vilson Lalau
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Equipamento tradicional utilizado pelos colonizadores da região Sul de Santa Catarina para a produção de farinha de milho, de polvilho e de mandioca, a atafona teve sua história resgatada em Criciúma. A Administração Municipal, desde o dia 6 de janeiro de 2019, mantém uma atafona em atividade no Parque dos Imigrantes, no distrito do Rio Maina. Movido a água, através de uma roda, o moinho manual de pedra pode ser visitado pelos moradores e passou a ser utilizado, nesta terça-feira (30), por professores de Matemática da Secretaria de Educação para ensinar alunos de escolas municipais a resolverem fórmulas matemáticas, aliando teoria à pratica.
A aula na atafona reuniu 24 estudantes da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental (EMEIEF) Professor Vilson Lalau. Os alunos do 6° ano utilizaram a roda d’água de eixo vertical, de quatro metros de diâmetro, além de outros itens, para calcular o valor do Pi. “Foi uma aula legal. É bom saber como os antigos produziam a farinha de milho e como a água gira a roda”, conta o estudante Wagner da Silva Oliveira, de 11 anos.
O Pi é um número irracional, equivalente a 3,14, utilizado para calcular a razão entre o perímetro e o diâmetro de uma circunferência. “Na aula, eu explico aos alunos como os primeiros imigrantes chegaram na região e como eles utilizavam a atafona para produzir a farinha de milho e fabricar alimentos. A ideia, também, é utilizar a roda da atafona do Parque dos Imigrantes, que faz referência à primeira indústria de Criciúma, para calcular o valor do Pi”, explica a professora de Matemática da Secretaria de Educação,Carina Machado de Luca, que coordenou a aula na atafona.
A iniciativa é realizada nas terças-feiras e quintas-feiras, com estudantes do 1°, 2°, 3°, 6° e 7° ano das 68 escolas da rede municipal de ensino de Criciúma. A aula durou aproximadamente uma hora e foi prestigiada pelo prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, vice-prefeito Ricardo Fabris, deputada federal Geovania de Sá, vereador Marcos Meller, secretária de Educação, Roseli de Lucca, secretário da Assistência Social e Habitação, Paulo César Bitencourt, presidente de honra da Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc), Adriana Salvaro, vice-presidente de honra da Afasc, Robinalva Ferreira, entre outras autoridades.
“A visita dos alunos ao Parque dos Imigrantes é importante para relembrar um pouco a saga dos imigrantes que começaram a colonizar Criciúma há 139 anos”, comenta Salvaro. “O objetivo é trazer os alunos de todas as escolas municipais para conhecer a roda d’água e explicar como a água, por gravidade e sem energia elétrica, é capaz de girar um eixo que movimenta engrenagens, além de calcular o valor do Pi”, complementa. A atafona foi construída no Parque dos Imigrantes com recursos viabilizados pela Administração Municipal, empresas e famílias de Criciúma. O local fica aberto ao público de segunda-feira a sábado, das 16h às 23h, e aos domingos, das 16h às 23h.
Texto: Jhulian Pereira
Fotos: Vivian Sipriano