Desassoreamento do Rio Sangão é solicitado na Câmara de Forquilhinha
A preocupação com as cheias do Rio Sangão foi demonstrada pela comunidade na segunda-feira, dia 2, na Câmara de Forquilhinha. O presidente da Associação dos Moradores da Cidade Alta, Jailson da Silva Rosa, e o diretor da Associação dos Moradores do Sangão, Gustavo Aléssio Duminelli, utilizaram a tribuna solicitando apoio do poder público para o desassoreamento do Rio Sangão.
O rio está no limite das cidades de Criciúma e Forquilhinha e quando há chuva forte ou constante, os moradores perdem o sono temendo o pior. “Estamos numa situação muito precária e pedimos ajuda a vocês, pois o nosso rio está assoreado. Com a chuva dos últimos dias o rio está quase cheio e pode provocar uma enchente a qualquer momento”, relata Duminelli.
Segundo o presidente da Associação dos Moradores da Cidade Alta, o problema é recorrente e conhecido por todos. “A limpeza do rio poderia ser frequente pelos municípios. Só ficamos em reunião e o serviço não sai. Precisamos começar logo, pois algumas autorizações e o planejamento de trabalho podem demorar um pouco. Queremos o retorno dos impostos que a gente paga em benefício de todos”, declara Jailson da Silva Rosa.
A solicitação de melhorias recebeu o apoio de todos os vereadores. “O sentimento que temos é que estão esperando uma tragédia para tomar uma solução. Aconteceu em 2009, infelizmente, e hoje há moradores com trauma tomando remédio por isso. Precisamos falar desse assunto para os municípios envolvidos providenciarem uma solução”, disse o vereador Dinho Rampinelli (PL).
“Em 2009 houve um convênio com o Ministério Público para o desassoreamento de 7 km do Rio Sangão, inclusive com o recebimento de verba do Governo Federal, mas o trabalho não foi bem feito e esse convênio foi parar no Tribunal de Contas da União (TCU)”, lembra a vereadora Ivone Minatto (PSD). “O recurso veio, foi feito e serviu nesses 12 anos com a vazão da água. Só que voltou a assorear e precisamos nos mobilizar para resolver”, ressalta Marilda Casagrande (PP).
O vereador Felipe Dordete (PP) informou que os bairros Ouro Negro e Nova York também sofrem problemas quando há cheias no Rio Sangão. “Devemos formar uma comissão entre os municípios com cobranças constantes até a solução”, sugere. “Quando a água entra na casa de uma família destruindo o que levou anos para conquistar, é muito triste”, acrescenta Marcos Rocha Macedo (PDT).
O presidente da Câmara, Célio Elias (PT), registrou a presença do prefeito José Cláudio Gonçalves no Legislativo, e informou que haverá uma reunião na próxima semana envolvendo vereadores, executivo e a comunidade para encaminhar uma solução. “O desassoreamento exige uma união de forças maior do que a gente imagina, mas enquanto não acontece, é possível fazer algo paliativo”, conclui.