Espaço com três pavilhões de 500 m² cada vai abrigar cooperativas de catadores e ecoponto. Investimento foi de R$ 1,5 milhão e cerimônia foi transmitida pela internet
O Governo de Criciúma, por meio do Fundo de Saneamento Básico (Funsab), apresentou o novo espaço que será utilizado pelas associações de catadores e para o ecoponto em Criciúma. Os três pavilhões com 500 metros quadrados cada, oferecem mais salubridade aos catadores e mais espaço para armazenamento de materiais. A obra foi construída com investimento de R$ 1,5 milhão. A cerimônia de inauguração foi feita com transmissão pelas mídias sociais e seguiu todas as recomendações de saúde para evitar a disseminação da Covid-19.
“Esta obra representa muito para a população que trabalha com materiais recicláveis. Estamos oferecendo condições salubres para dar mais dignidade a quem contribui tanto com a limpeza da cidade e com o nosso meio ambiente”, enfatizou o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, acrescentando que “o local tem muito mais espaço para ampliação e para que mais famílias possam com dignidade buscar seu ‘ganha pão’”.
De acordo com o gestor do Funsab, Luiz Juventino Selva, Criciúma pode evoluir muito em reciclagem e ele mostra os números que devem ser ampliados com a entrega do novo local. "Atualmente Criciúma produz cerca de 4,3 mil toneladas de lixo por mês e apenas 3%, ou seja, 100 toneladas são recicladas. Com os novos pavilhões e os projetos que estão sendo colocados em prática pelo município, certamente deveremos aumentar muito esses números e também as famílias que podem trabalhar n local”, afirmou o gestor.
Os galpões ficam localizados no km 4,5 da rodovia Governador Jorge Lacerda, em frente ao Iparque da Unesc (apenas referência), no bairro Sangão, e irão alojar o Ecoponto e duas cooperativas que serão selecionadas por chamamento público. "O Ecoponto fixo será neste espaço à partir de agora. Além dele, continuaremos com o projeto Pit Stop, que vai aos bairros em datas pré-definidas para recolhimento de materiais recicláveis”, afirmou a presidente da Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri), Anequésselen Bitencourt Fortunato.
Segundo o presidente da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis, Rogerio Barboza Basílio, atualmente são 17 famílias que dependem da venda desses materiais. "A gente separa os materiais, vende e reparte entre os associados. Dessa forma também estamos contribuindo com o meio ambiente, não deixando que esse lixo chegue em aterros e esgoto. Nós preparamos os materiais, fazemos toda a mão de obra e pedimos que a população também contribua no processo de separação do lixo", comentou o presidente.
Texto: Simone Costa
Fotos: Ana de Mattia