Caso Delegado Vargas: investigação é concluída com a prisão de último envolvido

Caso Delegado Vargas: investigação é concluída com a prisão de último envolvido
Ultimo envolvido na morte do delegado foi preso hoje

A Polícia Civil de Santa Catarina prendeu o último investigado por participação no crime de latrocínio que resultou na morte do Delegado Aposentado, José Tadeu Vargas dos Santos, de 66 anos. O preso tem 18 anos e é natural de Içara, onde também foi localizado no início da tarde desta segunda-feira (30/01/2023) e capturado pelos policiais da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma e da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC/PCSC). Havia Mandado de Prisão Preventiva expedido contra ele.

Com esta prisão do quinto indivíduo envolvido diretamente na prática do crime, o caso é dado por concluído pelo Delegado Yuri Miqueluzzi, à frente da investigação e responsável pela Divisão de Repressão a Roubos (DRR/DIC). O desfecho do Caso Delegado Vargas e todo o enredo da investigação foram apresentados em entrevista coletiva para a imprensa, com a participação também do Delegado Regional de Criciúma, Vitor Bianco Júnior. Foram 25 dias de trabalho ininterrupto desde o dia 6 de janeiro deste ano, quando a vítima reagiu ao roubo ocorrido no bar em que estava naquela noite de sexta-feira, no bairro Capão Bonito, localidade do interior de Criciúma.

“Foi um trabalho discreto de muita investigação para hoje termos alcançado pleno sucesso, com a identificação de todos os envolvidos no latrocínio e de quem os ajudou e também a captura dos autores”, revelou Miqueluzzi. Além da prisão de hoje, dois outros homens foram presos em flagrante no dia seguinte ao fato, um adolescente apresentou-se na delegacia 11 dias depois e foi internado provisoriamente e o quinto investigado foi morto em confronto com a polícia, enquanto tentavam efetuar a prisão dele na tarde da última sexta-feira, no interior do município de Cocal do Sul.

 

A INVESTIGAÇÃO

A elucidação do crime de latrocínio que vitimou o Delegado Vargas foi complexa e envolveu diversas técnicas investigativas disponíveis à Polícia Civil e também o uso de múltiplos recursos operacionais, além do gerenciamento de grande quantidade de efetivo. Restou apurada a participação direta de cinco pessoas e um veículo. A intenção da ação criminosa era roubar uma caminhonete. “A caminhonete do Delegado Vargas estava estacionada na frente do bar e foi um chamariz. Não havia a intenção direcionada ao profissional de segurança pública, mas houve a reação da vítima e a troca de tiros que o atingiu”, descreveu Miqueluzzi.

O cumprimento de mandados de busca e apreensão no segundo dia após o crime rendeu farto material com informações a evoluir a investigação em maior velocidade. Segundo o Delegado da DRR/DIC, no domingo, menos de 48 horas do episódio, a investigação já conseguiu elucidar a autoria, com a identificação dos cinco envolvidos. A partir de então, o trabalho da Polícia Civil foi para localizar os três indivíduos que não tinham sido presos em flagrante. O adolescente de 17 anos também entregou na Delegacia duas armas de fogo: uma pistola calibre 380, de propriedade do Delegado Vargas, e outra usada no crime, calibre 7,65mm. 

Os adultos apontados como autores do crime foram indiciados pelos crimes de latrocínio, associação criminosa e corrupção de menores. O adolescente apontado pelo ato infracional equiparado aos crimes de latrocínio e associação criminosa. Outras cinco pessoas foram também indiciadas pelo crime de favorecimento pessoal, por terem auxiliado na fuga e esconderijo dos investigados. Todo o trabalho da Polícia Civil neste caso foi integrado entre a DIC Criciúma e as unidades especializadas da DEIC/PCSC: Delegacia de Roubos e Antissequestro (DRAS) e Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), envolvendo cerca de 120 policiais civis.

 

Texto e fotos:Taize Pizoni de Souza: Nucom