Vídeo deletado com críticas aos militares pode desestabilizar governo Bolsonaro

Vídeo deletado com críticas aos militares pode desestabilizar governo Bolsonaro
No último domingo (21) o Planalto viveu um momento de saia justa por conta da publicação de um vídeo postado no sábado (20) e deletado na sequência. O conteúdo, veiculado no canal oficial do presidente no YouTube, ficou menos de 20 horas no ar. De acordo com informações da coluna Painel, da Folha de S.Paulo, o conteúdo do vídeo causou indisposição com militares e parte da banca do PSL. Nas imagens, que tiveram mais de 100 mil visualizações, o filósofo Olavo de Carvalho diz considerar Bolsonaro um ‘mártir’. “Só de aguentar esses filhos da puta que têm em volta dele. Não dá, não”, afirma Carvalho em determinada parte do vídeo. Ele ainda critica os novos políticos, pessoas que, segundo ele, decidiram se candidatar a cargos na esteira dos sucesso do presidente. “Dentro do governo é isso que vocês estão encontrando. É só intriga, é só sacanagem, egoísmo, vaidade, é só isso que tem. Tem que levantar a cultura e esperar que um dia talvez surja uma classe política melhor, educada por nós”, afirma Olavo antes de começar a criticar as Forças Armadas. “Os milicos têm que começar por confessar os seus erros antes de querer corrigir os erros dos outros. Essa é a lei de Cristo. Primeiro os teus pecados, depois os do vizinho. Mas no Brasil não, todo mundo é assim: ´somos os patriotas, os heróis, salvamos o Brasil do comunismo, nós isso, aquilo´. Tudo conversa mole. Quem salvou o Brasil do comunismo foram as lideranças civis em 1964”, conclui Olavo, que ainda liga o surgimento do PT aos militares. A reação dos militares às críticas não foi nada tranquila, de acordo com a Folha. Um general teria afirmado ao jornal que “com sua mente brilhante e festejada, ele [Olavo]nunca fez nada além de proselitismo. Continuamos aguardando o que ele vai produzir de concreto pelo Brasil”. Carlos Bolsonaro na mira O filho do presidente Jari Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro pelo PSL, pode acabar ‘pagando o pato’ pela publicação do vídeo, informa a coluna Painel. Responsável pelas postagem, ele deve ter acesso às redes do pai limitado depois do episódio. Após a exclusão do filme, Carlos fez postagem em redes sociais afirmando que iniciaria nova fase, “longe de todos que de perto nada fazem a não ser para si mesmos”. Fonte: Yahoo.com