Quem passou pela Praça Nereu Ramos, em Criciúma, quarta-feira (3/4) pode saber mais sobre o TEA (Transtorno Espectro Autista), além de conhecer o trabalho da AMA-REC/SC (Associação de Pais e Amigos dos Autistas da Região Carbonífera de Santa Catarina), de Criciúma. A AMA, em parceria com a Unesc e o Hospital São José realizaram uma ação alusiva ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, comemorado em 2 de abril e chamaram a atenção para a necessidade do olhar atento dos pais aos filhos, do tratamento terapêutico e da socialização do autista.
A professora e pesquisadora do PPGCS (Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Unesc), Cinara Ludvig Gonçalves, que atua na linha de pesquisa sobre Autismo, explica que dentro do TEA existem graus diferentes, que vai de branda até uma incapacidade maior, afetando a sociabilidade e a fala, por exemplo. “A Unesc está aqui hoje para representar a sua preocupação com a causa. Foi criado o grupo de pesquisa Neurologia Experimental porque vimos a necessidade de mais estudos, já que no Sul de Santa Catarina a prevalência do autismo é alta”, comenta Cinara.
Segundo a pesquisadora, o objetivo é entender os mecanismos fisiopatológicos do transtorno e também saber mais sobre o perfil do paciente autista no Sul do Estado. “A linha de pesquisa do PPGCS vai trabalhar com o Transtorno do Espectro Autista e fatores de risco, focando em entender a influência dos fatores no desenvolvimento do autismo. Sabemos que há fatores genéticos e ambientais que estão interagindo no desenvolvimento do transtorno e queremos também saber se na região existe algum fator específico que colabore para o desenvolvimento do TEA”.
Para Cinara, é importante que o trabalho de pesquisa desenvolvido na Universidade esteja linkado ao realizado por instituições que fazem o atendimento de pacientes autistas, como a AMA.
A aproximação dos pesquisadores da Universidade com a AMA é mais uma das ações da Unesc em parceria com a entidade. Segundo a presidente da associação, Sandra Henrique, cada usuário da AMA recebe um tratamento terapêutico individual, e cada caso é analisado pela equipe, que trabalha de maneira integrada família, escola e AMA. “Agora conseguimos a parceria com a Unesc, que está sendo muito rica para nossos alunos. Estamos hoje com profissionais de enfermagem, informática e de neuropediatra da Universidade, além da pesquisa sobre o autismo e uma parceria recém-fechada com o curso de Odontologia. Só temos que agradecer à Unesc, aos professores e estudantes por todo o carinho que estão dando para a AMA”.
Texto e fotos: Comunicação Unesc