Reduzindo em sete dias o prazo estabelecido pelo Tribunal Regional de Trabalho (TRT), a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região protocolou terça-feira (2), e encaminhou cópia quarta-feira (3) ao TRT, nova proposta para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho para os mais de oito mil empregados das empresas das indústrias plásticas da região sul de Santa Catarina.
"O prazo estabelecido pelo TRT era de 20 dias e em 13 dias revisamos toda a convenção coletiva que expirou em 31 de março; fizemos aquilo que os sindicatos patronais queriam, que era a modernização, sistematização e atualização das cláusulas, mantendo todos os direitos conquistados pela categoria ao longo das últimas três décadas", informa o presidente do Sindicato profissional, Carlos de Cordes, o Dé.
O trabalho desenvolvido pela assessoria jurídica do Sindicato, comandada pelo advogado Edson Medes de Oliveira, contou com os conhecimentos e experiências de um dos mais renomados operadores do direito trabalhista catarinense, reconhecido nacionalmente, o advogado Milton Mendes de Oliveira. "Foi um trabalho minucioso, como exige o momento, e dentro do que foi tornado público pelos patrões, de não retirar direitos", referiu de Cordes.
Na proposta econômica encaminhada aos sindicatos patronais foi mantida a decisão das oito assembleias realizadas pelo Sindicato nas cidades da região com maior concentração de trabalhadores do setor. Para todos os salários, além do índice da inflação medido pelo INPC, 1,56%, os trabalhadores reivindicam 2% de aumento real e abono de R$ 1 mil. Os patrões, agora, têm até 20 dias para analisar a proposta e encaminhar posição ao TRT, que agendará nova audiência entre as partes.
Texto:Maristela Benedete: Foto divulgação