A Unesc recebeu segunda-feira (19/11) pesquisadores, professores e especialistas em gestão ambiental para debater e buscar soluções para o tratamento adequado de resíduos sólidos urbanos no contexto do Brasil e de Santa Catarina. O Seminário “Rotas Tecnológicas de Resíduos Sólidos adequadas ao Contexto Brasileiro” fomentou uma nova perspectiva para o tratamento do lixo em pequena e grande escala.
Realizado em três momentos, o encontro recebeu em sua abertura o professor doutor da Universidade de Caxias do Sul, Geraldo Antônio Reichert, que ministrou a palestra “Rotas Tecnológicas em Tratamento de Resíduos Sólidos” e falou sobre boas práticas, sustentabilidade e sistemas de separação de resíduos, abordando a temática por meio de exemplos consolidados em países desenvolvidos no assunto.
Reichert analisou a situação no Brasil como precária e explicou que a evolução deve começar no sistema de coleta. “A rota tecnológica e adequada dos resíduos inicia logo no recolhimento. Bem destinado e separado corretamente, se cria possibilidades para um melhor controle, descarte e reuso do rejeito. No Brasil ainda vivemos uma situação de erro no sistema e das pessoas. Em grandes instituições, por exemplo, encontramos uma sequência de cinco a sete lixeiras para separação, mas quando abrimos o lixo está misturado e sem condições para reutilização ou destino correto”, afirma.
O seminário contou ainda com a conversa “Compostagem: Desafios da valorização regional da fração orgânica dos resíduos urbanos e industriais”, ministrada pelo professor mestre Marco Aurélio Salvaro de Souza, e com uma roda de conversa entre os palestrantes com o tema “Situação regional e perspectivas de cenários futuros”.
Para o professor da Unesc e organizador do evento, Mário Ricardo Guadagnin, o seminário criou um importante momento ao reunir fortes nomes da área e representantes de fundações municipais de meio ambiente da região. “Foram discutidos o contexto da gestão e o gerenciamento de resíduos sólidos urbanos, abordando questões sobre soluções tecnológicas para a nossa realidade e quais os arranjos tecnológicos são necessários para assegurar a inclusão social produtiva de catadores organizados em associações e cooperativas”, conta Guadagnin.
A atividade foi promovida pelo PPGCA (Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais) da Unesc, por meio do projeto Coleta Seletiva Solidária, com apoio da Fundai (Fundação Municipal do Meio Ambiente de Içara).
Texto e fotos: Comunicação Unesc