Secretaria de Saúde de Criciúma intensifica campanha de vacinação contra a coqueluche
Com o aumento dos casos de coqueluche em Criciúma, a Secretaria Municipal de Saúde intensificou a vacinação nos postos de saúde. De segunda a sexta-feira, as salas de vacinas de 12 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estarão abertas em horário estendido, das 7h às 19h, para a atualização do calendário vacinal, são elas: Rio Maina/Wosocris, Boa Vista, Pinheirinho, Santa Luzia, São Defende, São Sebastião, Mineiras, Próspera, Quarta Linha, Mina do Mato, Centro e Santa Bárbara. Nos sábados, todas as UBSs funcionarão das 7h às 16h.
“A coqueluche era considerada uma doença controlada desde 2014, sem nenhum registro de morte há 10 anos em Santa Catarina. Por isso, requer uma atenção especial da população. Vamos intensificar as ações nos postos de saúde por tempo indeterminado, para que a campanha chegue a toda população”, ressaltou o prefeito em exercício de Criciúma, Ricardo Fabris.
No último sábado (26), 13 UBSs funcionaram das 8h às 17h, com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal da população. De acordo com o secretário de Saúde, Deivid Freitas, aproximadamente 300 doses, incluindo outros imunizantes, foram aplicadas. “É importante que as pessoas, principalmente os pais de crianças pequenas, saibam que a vacina é a principal forma de prevenção. A doença é muito contagiosa e deve ser tratada com atenção, especialmente em crianças menores de um ano de idade”, explicou.
Casos de coqueluche em Criciúma
O Governo de Criciúma, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, lançou na última sexta-feira (25) um alerta sobre a ocorrência de casos de coqueluche no município. Dois casos dentre nove suspeitos foram confirmados, os cinco restantes aguardam a confirmação, mas já estão sendo tratados em isolamento. Além disso, sete casos já foram descartados.
A forma mais eficaz de prevenir a doença é por meio da vacina, que faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS), disponível nas UBSs. O imunizante pentavalente (DTP/HB/Hib) é uma composição combinada que previne contra cinco doenças: difteria, tétano, hepatite B e infecções causadas pela bactéria H. Influenzae tipo B.
Confira o esquema vacinal para crianças:
– Aos 2, 4 e 6 meses de idade, a vacina pentavalente, que protege contra coqueluche, difteria, tétano, hepatite B e infecções causadas pela bactéria H. Influenzae tipo B;
– Aos 15 meses, a vacina DTP, que reforça a proteção contra difteria, tétano e coqueluche;
– Aos 4 anos, a vacina DTP, que reforça a proteção contra difteria, tétano e coqueluche.
Demais grupos que podem receber o imunizante (dTpa):
– Gestantes, a partir da 20 semanas de gestação, com a vacina tríplice bacteriana acelular tipo adulto (dTpa);
– Profissionais de saúde, estagiários e parteiras tradicionais, considerando o histórico vacinal de difteria e tétano;
– Trabalhadores da saúde que atuam em serviços públicos e privados, em ginecologia e obstetrícia, parto e pós-parto, UTI, UCI neonatal, berçários e pediatria;
– Trabalhadores que atuam em escolas infantis, com atendimento de crianças até quatro anos de idade.
Sobre a Coqueluche
A coqueluche, conhecida como “tosse comprida” é uma infecção respiratória altamente contagiosa, causada pela bactéria Bordetella Pertussis, que atinge as vias aéreas. Tem como principal sintoma crises de tosse seca e contínua. Em casos graves, a tosse passa de leve pra intensa, podendo comprometer a respiração. A infecção pode ocorrer em qualquer idade, mas se manifesta com mais frequência e intensidade em crianças abaixo de um ano e mais letal em crianças abaixo de seis meses.
Texto: Eduarda Salazar
Foto: Arquivo JB