“Queremos criar um novo olhar sobre o processo de ensino e aprendizagem”. Foi assim que a professora da FEPTS (Faculdade de Educação, Psicologia e Trabalho Social) da Universitat de Lleida da Espanha, Glória Jové, descreveu os dois dias em companhia dos docentes de graduação da Unesc. Na terça-feira (18/6) ela se despediu da Universidade e deixou lembranças e conhecimentos na atividade “Encontros com a arte contemporânea: a importância de aprender com a comunidade”.
Transformando teoria em prática, Glória propôs uma troca de experiências diferente. Logo, as conversas saíram da sala e aula e tomaram espaços do campus e de Criciúma como instrumento para reflexão. “A ideia é propor um novo pensamento sobre o que ensinar e aprender, com consciência do espaço onde estamos inseridos, seu contexto histórico e as possibilidades apresentadas por ele”, explica Glória.
O grupo, de 28 professores da Unesc, participou de conversas em sala de aula, em um dos núcleos expositivo do Museu de Zoologia Professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski e na Mina de Visitação Octávio Fontana de Criciúma.
Ali, com mapas de Criciúma em mãos, foram desafiados a preencher o papel com o carvão encontrado no local. “Assim criamos questionamentos e percepção. O que seria de Criciúma sem o carvão? O que seria do indivíduo sem a vida que o cerca? O espaço, o contexto e a história presente são ferramentas valiosas para expandir horizontes e contribuir com a educação. É preciso aprender a olhar para onde se esta e fazer o diferente, engajar quem busca conhecimento e ir além de apenas passar informação”, destaca a professora da FEPTS.
O diretor de Ensino de Graduação, Marcelo Feldhaus, foi o responsável pela conexão entre Unesc e a Universitat de Lleida. Para ele, a experiência de Glória contribui com a proposta de inovação presente na Instituição. “O objetivo é romper a base curricular presente, elevando a excelência do ensino na Universidade. A partir deste dia de aprendizados, o desafio é que este grupo pense em criar relações com outras áreas do conhecimento, criando interdisciplinaridades que vão além de projetos, mas sim resultem em práticas baseadas em experiência e questionamentos sobre o papel de cada um”, explica.
Também estiveram presentes na troca de conhecimentos a Pró-Reitora Acadêmica, Indianara Reynaud Toreti, e a diretora de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias, Fernanda Sônego.
Texto e fotos:Comunicação Unesc