Pedra da vesícula: indicação cirúrgica é o principal tratamento para a doença

Pedra da vesícula: indicação cirúrgica é o principal tratamento para a doença
Médico do Hospital São José fala sobre as causas, incidência e como prevenir a doença

A colelitíase, ou popularmente conhecida como pedra na vesícula, é uma doença comum que é mais frequente em mulheres de 30 a 59 anos de idade e o número de gestações pode aumentar a incidência da doença. É um problema que, na maioria das vezes, provoca grandes incômodos e dores de alta intensidade, necessitando de cirurgia.

 

“A vesícula é um reservatório de bile. Na bile existem pequenos cristais e estes vão se unindo para formar as tão conhecidas pedras da vesícula. Quando o fígado produz maior volume de bile, este excesso fica guardado/armazenado na vesícula e com maior número de cristais. Podemos dizer que a colelitíase é uma das doenças gastrointestinais mais prevalentes no mundo” explica o cirurgião-geral do Hospital São José de Criciúma, dr. Giancarlo Búrigo (CRM - 6664 | RQE-1659).

 

De acordo com o especialista, as situações que fazem o fígado produzir mais bile são a obesidade, colesterol alto, emagrecimento rápido (cirurgia bariátrica), uso de anticoncepcionais e fatores genéticos. “Quando o paciente apresenta sintomas que levem o médico a suspeitar desta patologia, o exame de ultrassonografia abdominal será preponderante para finalizarmos o diagnóstico. O tratamento desta doença é basicamente cirúrgico. O padrão ouro para cirurgia da vesícula é pelo método vídeolaparoscópico. Em algumas cidades em que esta tecnologia não está disponível, o tratamento será com uma cirurgia convencional”, afirma dr. Giancarlo.

 

Principais sintomas da doença

 

Os cálculos na vesícula podem provocar dor tipo cólica, comumente na parte superior e do lado direito do abdômen, logo abaixo das costelas. “Normalmente são de grande intensidade e podem estar associadas a náuseas e vômitos. A sensação de plenitude gástrica, se sentir estufado, após a ingestão de uma pequena refeição também é bastante frequente”, aponta o especialista.

 

Segundo o médico, se não diagnosticada, a doença pode avançar para uma pancreatite aguda, ou para uma infeção da vesícula, para uma fístula bileo digestiva ou para um íleo biliar (obstrução intestinal).

“Podemos tentar diminuir o surgimento da doença evitando ganho de peso, praticando exercícios físicos, ingerir alimentos saudáveis evitando alimentos pré-preparados, alimentos gordurosos e ingerindo refeições preparadas em casa”, aponta dr. Giancarlo.

 

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