Parkinson: Doença acomete 10% entre os mais jovens
Recentemente, a jornalista Renata Capucci revelou que foi diagnosticada com Parkinson, há quatro anos, aos 45 anos, mas que os sinais iniciaram bem antes. Entre eles, Renata sentia um dos pés contraírem e estava mancando sem perceber, em outro momento viu o braço levantar sozinho. Neurodegenerativa, a doença é progressiva e crônica e costuma aparecer após os 60 anos, entretanto o diagnóstico em jovens não é raro e com sintomas que vão muito além dos tremores.
Dados da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, apontam que pelo menos 10% dos casos iniciam abaixo dos 50 anos. De acordo com o neurocirurgião, Luiz Lavradas, a doença tem sintomas que vão além do enrijecimento dos membros e dos tremores. "Alguns sinais podem vir até antes das manifestações motoras, como a redução do olfato, transtornos do sono, mudanças na oleosidade na pele, queixas de constipação e até dores crônicas", comenta. O especialista aponta que os tremores não estão em todos os casos, a média é de 70%. “Pode ser que o tremor nem se manifeste, eles não são essenciais para o diagnóstico”, ressalta.
Prevenção e tratamento
O Parkinson ainda requer um método cientificamente comprovado de prevenção, mas segundo Lavradas a alimentação balanceada, a prática de exercícios físicos e o consumo moderado de cafeína, podem reduzir os riscos. “Inicialmente o tratamento é a reposição de dopamina e medicamentos, até outros métodos como marcapasso, dependendo da evolução da doença, mas é importante esclarecer que com o avanço nas possiblidades de tratamento, o Parkinson deixou de ser uma sentença. É possível levar uma vida com qualidade e mais naturalidade que antigamente”, sublinha o neurocirurgião.
Texto e foto:Fernanda Zampoli