Operação Aletheia contra extorsões sexuais da Polícia Civil resulta em pena de mais de 115 anos de reclusão

Operação Aletheia contra extorsões sexuais da Polícia Civil resulta em pena de mais de 115 anos de reclusão
Julgamento da 2ª fase da operação da Polícia Civil resulta em saldo de sete condenados em penas totais de 115 anos de reclusão

Ação da DIC e Polícia Civil identificou uma organização criminosa interestadual especializada na modalidade. Outros dois envolvidos aguardam julgamento em ação penal separada

 A 2ª fase da Operação Aletheia foi finalizada seu julgamento pela 1ª Vara Criminal de Criciúma, com atuação da 1ª Promotoria de Justiça na acusação. Esta é a segunda ação penal desencadeada pelas investigações da Divisão de Repressão a Roubos (DRR/DIC Criciúma) da Polícia Civil, coordenada pelo Delegado Yuri Miqueluzzi, para apuração de delitos de extorsões sexuais, organização criminosa e lavagem de dinheiro. 

Miqueluzzi informou que as penas somadas totalizaram 115 anos de reclusão, com sete pessoas condenadas pelos delitos sendo cinco homens e duas mulheres. Os crimes cometidos foram extorsões qualificadas, organização criminosa, lavagem de dinheiro, posse ilegal de arma de fogo, receptação e adulteração de sinais identificadores de veículo. Além dos condenados, outros dois envolvidos respondem ação penal separada que prossegue em andamento.

 

A investigação teve duração de dois anos.  Segundo o delegado o grupo executava articulação para extorsão de vítimas expostas em trocas de mensagens usando perfis falsos de mulheres jovens em redes sociais. Estes perfis eram feitos para adicionar potenciais vítimas. As conversas tinham conteúdo de cunho sexual e trocas de fotos e vídeos íntimos. O grupo simulava que os pais da jovem tinham acesso às conversas e vídeos, passando a intimidar as vítimas e exigir dinheiro para não divulgar o conteúdo.

 

Os criminosos assumiam identidade de policiais e criavam falsos mandados de prisões. Com receio da exposição, pagamentos de grandes quantias eram realizados para o grupo. Em razão da grande quantidade de vítimas e volume de transferências, a estimativa é de que os prejuízos sejam superiores a R$ 1,2 milhão de reais. As investigações resultaram em nove prisões preventivas decretadas esclareceu o delegado Yuri Miqueluzzi.