No Dia Mundial do Lúpus, médico do José esclarece sobre a doença

No Dia Mundial do Lúpus, médico do José esclarece sobre a doença

Data lembrada em 10 de maio reforça a importância do diagnóstico e tratamento contínuo

 

No dia 10 de maio é lembrado mundialmente o Dia do Lúpus. Uma data criada com o principal objetivo de desmistificar a doença, chamar atenção sobre o impacto que ela causa na vida dos pacientes, promover o diagnóstico precoce e incentivar as pesquisas e desenvolvimento de tratamentos para o Lúpus Eritematoso Sistêmico. Somente no Brasil, segundo da Sociedade Brasileira de Reumatologia, a estimativa é que 65 mil pessoas sejam diagnosticadas com a doença, a maioria mulheres. De acordo com os dados, estima-se que um em cada 1.700 mulheres tenha a doença.

 

“O Lúpus é uma doença inflamatória crônica imunomediada, cujos sintomas podem surgir em diversos órgãos rapidamente ou de forma mais lenta e progressiva. Pode ocorrer em qualquer idade, raça ou sexo, sendo mais comum em mulheres. Por ser uma doença do sistema imunológico, que é responsável pela produção de anticorpos e organização dos mecanismos de inflamação, o paciente com Lúpus pode ter diferentes sinais e sintomas em diferentes órgãos”, explica o Reumatologista do Hospital São José de Criciúma, dr. Marcus Resmini (CRM – 18431 | RQE – 15928).

 

De acordo com o especialista, os sintomas mais comuns são lesões de pele, dor e inchaço nas articulações, febre, emagrecimento e fadiga. Outros sintomas como anemia, inflamação da pleura, dos rins ou pulmões podem ocorrer.

 

Diagnóstico da doença

 

A causa do Lúpus ainda é desconhecida. “Acredita-se que os fatores genéticos, hormonais e ambientais participam de seu desenvolvimento. O diagnóstico é realizado através da avaliação clínica do paciente e investigação laboratorial com exames de sangue e urina. Por ser uma doença crônica, o acompanhamento médico é feito de forma regular. A evolução clínica dos pacientes é variável, podendo ocorrer controle completo dos sintomas com tratamento ou mesmo persistência de alguns sintomas, dependendo do tipo de acometimento apresentado pelo paciente”, explica o reumatologista.

 

Segundo o médico, a evolução natural do Lúpus, se caracteriza por períodos de maior e menor atividade (com quantidade maior ou menor de sintomas). “Por isso é muito importante seguir o tratamento de forma correta e sempre com o acompanhamento médico. Quando o paciente faz o uso regular dos medicamentos é um grande auxílio na manutenção da doença sob controle. Se isso não ocorre, é facilitada, e muito, a reativação da doença.

 

Cuidados durante o tratamento

 

Além do tratamento com remédios, os pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico devem manter os cuidados especiais com a saúde, incluindo atenção com a alimentação, prática de atividade física e evitar condições que provoquem estresse. Essas ações são fundamentais, já que auxiliam a controlar as atividades inflamatórias do organismo, ajudam o sistema imunológico e minimizam os efeitos colaterais dos medicamentos.

 

 

Texto e foto: Jéssica Pereira