Governo propõe salário mínimo de R$ 1.169 em 2022, sem aumento real
O governo federal encaminhou ao Congresso, nesta terça-feira (31), o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2022. O texto prevê que o salário mínimo passe dos atuais R$ 1.100 para R$ 1.169, uma alta de 6,27%. Para a correção, o governo considera que o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) deve ficar em 6,2% em 2022.
Ou seja, a projeção para o reajuste do mínimo repõe apenas a inflação, sem aumento real. A correção prevista no PLOA é maior do que a inicialmente estimada pelo governo na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2022. No texto, que é a base do Orçamento do governo federal, a previsão era de que o salário mínimo tivesse reajuste de 4,3%, passando R$ 1.100 deste ano. Esse aumento não repõe o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), indicador que mede a inflação oficial do país.
A inflação prevista para este ano é de 7,05%, segundo o Boletim Focus, do Banco Central. O aumento já não cobre a inflação acumulada de janeiro a julho deste ano, que já é de 4,76%. Mas fica acima da projeção da LDO para a inflação em 2022, que é de 3,5%. Este será o terceiro ano seguido em que o salário mínimo não tem aumento acima da inflação. Até agora, não houve aumento real no governo Bolsonaro.
O valor do mínimo e também das aposentadorias são corrigidos pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que mede a inflação para as famílias que recebem de um a cinco salários mínimos. O indicador acelerou para 1,02% em julho. Segundo o Ministério da Economia, "a LDO não altera diretamente o valor do salário mínimo, sendo essa quantia apenas uma diretriz a ser... o Poder Executivo apresentará o orçamento de 2022 para toda a União, o qual será encaminhado até o próximo dia 31 de agosto.