Falta de repasse do Estado deixa indisponível a vacina tetra viral em Morro da Fumaça

Falta de repasse do Estado deixa indisponível a vacina tetra viral em Morro da Fumaça
Os débitos do Estado com o Município chegam a quase R$ 343 mil na área da saúde A vacina tetra viral está indisponível na rede pública de saúde em Morro da Fumaça por falta de repasse da Secretaria de Saúde do Governo do Estado. A vacina é feita em crianças de 15 meses de idade e previne contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela. Os pais que procuram as unidades de saúde para vacinar os seus filhos estão sendo orientados pela equipe da Vigilância Epidemiológica a proteger as crianças com uma vacina semelhante. “Apesar da falta da vacina tetra viral, as crianças podem ser imunizadas com a vacina da tríplice viral e depois com uma dose contra varicela, que está disponível a partir desta segunda-feira, 13, nas unidades de saúde que tenham sala de vacina”, conta a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Morro da Fumaça, Juliana Cardoso. Na Secretaria de Saúde do Estado a informação é de que a falta da vacina se deve a um problema de desabastecimento e distribuição do Ministério da Saúde, que se reflete em Santa Catarina. O programa nacional de imunização é realizado pelo Ministério da Saúde, que fornece as doses e estabelece o calendário de vacinação. As vacinas são distribuídas para a Secretaria Estadual de Saúde que faz o repasse aos municípios. Débitos do Estado chegam a quase R$ 343 mil na saúde A falta de repasse dos recursos da Secretaria do Estado da Saúde para Morro da Fumaça também tem gerado transtornos para a comunidade. Conforme os cálculos levantados pela Secretaria Municipal de Saúde, a dívida do Estado com o Município chega a quase R$ 343 mil na área da saúde. São seis meses de atraso nos repasses da Assistência Farmacêutica, Cofinanciamento do Núcleo de Assistência de Saúde da Família (Nasf) e Atenção Básica. E o mais impressionante está no atraso do repasse do Estado para o incentivo à média e alta complexidade ambulatorial, conforme Lei 1659, que chega há 33 meses nas parcelas que totalizam mais de R$ 162 mil. O valor corresponde a 47,2% da dívida total com a saúde de Morro da Fumaça. “Nós reconhecemos as dificuldades que os órgãos de saúde enfrentam no Brasil, mas é preciso priorizar os investimentos nos municípios. É nos municípios que os moradores recorrem quando precisam de ajuda, e é aqui que deve ficar a maior quantidade de recursos para podermos atender melhor a população”, salienta o secretário de Saúde de Morro da Fumaça, Robson Francisconi.   Texto: Filipe Casagrande : Foto arquivo JB