Expectativa positiva para o primeiro trimestre do ano na indústria cerâmica da região

Expectativa positiva para o primeiro trimestre do ano na indústria cerâmica da região
Setor vive a expectativa pela aprovação da Lei do Novo Mercado de Gás, que voltou à Câmara após ser aprovada com mudanças pelo Senado Na avaliação do presidente do Sindicato das Indústrias de Cerâmica de Criciúma e Região (Sindiceram), Otmar Josef Muller, a expectativa é positiva para o setor no primeiro trimestre de 2021, porém com custos inflacionados. Ele explica que o gás natural continua atrelado ao dólar, assim com uma quantidade expressiva de matérias-primas e outros insumos de produção e manutenção, com muitas incertezas nos ambientes da saúde, da economia e da política. “Acreditamos conseguir em curto espaço de tempo a aprovação da Lei do Novo Mercado de Gás e, assim com a abertura de concorrência, trazer mais competitividade aos nossos produtos”, afirma Muller. A matéria foi aprovada pelo Senado Federal no início de dezembro, mas como houve mudanças, o texto voltou à Câmara dos Deputados, onde aguarda apreciação. “Em Santa Catarina, enfrentamos o grave desafio de aumentar o volume de gás destinado ao estado pela ANP - Agência Nacional de Petróleo e Gás, a ampliação urgente da capacidade de transporte do Gasbol, hoje acima de seu limite técnico, o que impede novos investimentos de ampliação da produção. Mas, acima de tudo, almejamos que rápido haja sucesso na obtenção de uma vacina que consiga proteger a saúde dos nossos funcionários e da população em geral”, acrescenta. Desempenho em 2020 Nos últimos anos, o setor cerâmico do Sul passou por importantes mudanças, com investimentos significativos. Esse antecedente colocava 2020 como um grande ano. Porém, mesmo diante de tantas dificuldades, com perda de 42 dias de produção, as empresas retomaram sua plena capacidade, atingindo volume de produção mensal superior ao mesmo período do ano anterior. “No triênio antecedente a 2020 ocorreram mudanças nas estruturas de capital e no controle acionário das maiores empresas tradicionais fabricantes de revestimentos do Sul de Santa Catarina. Houve investimentos em modernização e no aumento da capacidade de produção. Por isso, havia para 2020 elevadas expectativas com os novos produtos e a continuidade da retomada da construção civil”, lembra o presidente do Sindiceram. “Em março, durante a Feira Revestir, a explosão da pandemia da Covid-19 e suas consequências nos meses seguintes ameaçou frustrar estas expectativas. Houve a perda de 42 dias de produção, algo que não se consegue recuperar”, relata. Mas, de acordo com Muller, a partir de junho, as fábricas gradativamente retomaram a plena capacidade, atingindo volume de produção mensal 10% superior ao mesmo período do ano anterior. E as vendas, mesmo durante o período mais crítico da pandemia, se mantiveram acima dos volumes produzidos, consumindo-se os estoques elevados do início do ano.      Texto e foto: Deize Felisberto