Empresa paga com cheque e trabalhadores tentam atear fogo em administrador

Empresa paga com cheque e trabalhadores tentam atear fogo em administrador
[gallery ids="1831,1827"] [caption id="attachment_1828" align="alignnone" width="300"] Administrador João Macedo[/caption] Há mais de dois meses sem receber seus salários, os trabalhadores da construção da empresa LR Construtora localizada no bairro Próspera, conseguiram depois de muita pressão receber seus salários. A gente só vivia da promessa dos patrões, diziam que iam pagar a gente marcavam um dia e nada, mas com a divulgação na imprensa eles estiveram aqui no galpão e fizeram o pagamento. A gente tá meio desconfiado porque eles pagaram os trabalhadores com cheque pré-datado para o dia três de novembro, disse um trabalhador que preferimos não revelar o nome. Desconto sem carteira assinada Eu trabalho na empresa há três meses como servente, e eles, os patrões estavam descontando INSS e FGTS sem que minha carteira estivesse assinada desabafou Euclides Laurete Cardoso. Tem outros funcionários da empresa que também foram descontados e não tiveram a carteira assinada. Cobrança antecipada A dona de casa Camila Nubia de Oliveira moradora de Içara pagou R$ 7 mil de entrada em uma casa que ela nunca viu e nem sabe onde é e só viu o projeto. Eles disseram que a casa ficaria pronta em 45 dias e o custo total seria de R$ 45 mil. Meu marido é marceneiro e o que a gente ganha é apenas para o sustento da casa. Meu sogro fez um empréstimo no banco e emprestou esse R$ 7 mil pra gente poder ter um lar pra morar, mas pelo que a gente está vendo não passa de um golpe. Eu ligo para o escritório e ninguém atende, mando mensagem e ninguém responde. Meu sonho de ter uma casinha pra morar acabou disse Camila. Dona Rosanea Plácido divorciada e moradora do bairro Mina do Mato também investiu R$ 6 mil reais. Além das duas mulheres mais pessoas deram dinheiro de entrada para ter a casa própria. As duas registraram Boletim de Ocorrência da Delegacia. Diretor administrativo explica a situação da empresa Infelizmente a empresa teve um problema de declaração de imposto com a Receita Federal. A multa foi alta e a receita mandou parar as obras, por isso tivemos que acertar com a receita e faltou dinheiro pra pagar os funcionários.  A folha gira em torno de R$ 170 mil mês, mas a divida com os trabalhadores gira em torno de R$ 30 mil disse o administrador João Carlos Macedo. A empresa tem construção desde Florianópolis, região Serrana e aqui no Sul. A empresa não está falida. Vamos renegociar com os clientes que investiram para ter a sua casa. Já acertamos com uma empresa terceirizada que vai tocar as obras, e se os clientes quiserem continuar tudo bem, e se não quiserem vamos devolver o dinheiro que eles investiram, garantiu o administrador. Macedo também adiantou que os trabalhadores não serão aproveitados. Ao chegar ao galpão da empresa L.R no bairro Próspera para fazer o pagamento dos funcionários, o administrador João Carlos Macedo por pouco não foi incendiado. Segundo informações, alguns funcionários que ficaram revoltados com o pagamento em chegue, jogaram álcool e iam atear fogo. Os trabalhadores que estavam próximos evitaram a tragédia. Houve um principio de tumulto, mas graças à intervenção rápida dos trabalhadores nada mais grave aconteceu. O Presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Criciúma Itaci de Sá, disse que já procurou os patrões.   Eles alegavam que não tinham dinheiro pra pagar os trabalhadores. Entramos com pedido de intervenção no Ministério do trabalho e Ministério Público Federal do Trabalho. Eles, os patrões terão que pagar até os dias parados, disse Itaci. Texto e fotos: Gentil Francisco