O Dia Mundial da Doença de Alzheimer (21/9) foi lembrado na Unesc quinta-feira (20/9) com um encontro que reuniu alunos, professores e profissionais da área da saúde, além de familiares e cuidadores de pessoas com a doença para debater o tema “Envelhecimento e a Saúde da Pessoa com Doença de Alzheimer”, com a fisioterapeuta Juliana Mondardo. O encontro contou ainda com o relato da psicóloga Daniela de Lucca, que falou sobre atendimento da pessoa com a doença e seus familiares.
O evento, realizado pelo grupo Bem Viver com Alzheimer da Unesc, faz parte das atividades alusivas ao Setembro Roxo, campanha internacional com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a demência e enfrentar o estigma ainda associado a essa condição.
Juliana, que trabalha com Fisioterapia voltada para idosos, incluindo os que possuem algum tipo de demência, explica que pequenas alterações de memória são ditas com o processo de envelhecimento normal, o chamado declínio cognitivo leve senil. Mas que quando a perda é maior porque apresenta outros sintomas como a diminuição de conhecimento de fatos e eventos que se prolongam, o quadro já seria de demência.
“Eles podem apresentar ainda distúrbios de fala, desorientação, alterações de humor e de comportamento e perda da iniciativa para diversas situações. Dentre todas as demências, de 60 a 80% das diagnosticadas são relacionadas à Doença de Alzheimer. O fato de as pessoas estarem vivendo mais tem aumentado a incidência de doenças degenerativas. O Alzheimer geralmente ocorre a partir dos 60 anos, mas há estudos que demonstram que a partir dos 40 anos já pode haver sinais clínicos. Ele não faz distinção de sexo e a prevalência de demência vai duplicar a cada cinco anos a partir dos 60 anos”, afirma Juliana.
Segundo a Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer), a cada três segundos uma pessoa desenvolve demência no mundo e estima-se que em 2018 sejam aproximadamente 10 milhões de novos casos.
Bem Viver
O projeto Bem Viver com Alzheimer da Unesc existe há mais de dez anos e tem como objetivo promover assistência à pessoa com Doença de Alzheimer e seus cuidadores, por meio de palestras informativas que ocorrem no último sábado de cada mês, às 9 horas, na sala 5 do Bloco XXI A – em setembro, a palestra ocorrerá no dia 29 e abordará a Auriculoterapia.
“O projeto atua apoiando a pessoa com a Doença de Alzheimer e seus cuidadores, informando seus familiares e cuidadores sobre a doença e como lidar com as mudanças cognitivas que ocorrerão na pessoa com Alzheimer”, afirma a coordenadora do Bem Viver, Évelin Vicente. O projeto é vinculado ao curso de Fisioterapia da Unesc.
Texto e foto: Milena Nandi