Senhoras Deputadas, Senhores Deputados, Servidores, Jornalistas presentes;
Hoje, com certeza, é o dia mais triste de toda a minha trajetória neste honrado Parlamento.
O farto noticiário acerca do ocorrido comigo na última quinta-feira deixa evidente do que falo.
Confio na Justiça e entendo que ela esteja cumprindo o seu papel.
O Poder Judiciário é, ao lado do Legislativo, o pilar mais importante da democracia.
Não é hora de bravata.
Não é hora de procurar culpados.
Não é hora de acusar.
A mim compete o dever de proceder minha defesa. E quero fazê-la da melhor forma.
É hora de ter serenidade. É o que tenho pedido a Deus todos os dias, além de forças para superar a dor deste momento.
São duas as acusações centrais contra minha pessoa:
- De possuir um terreno cuja aquisição teria sido produto de propina, decorrente de operações que são o alvo central da investigação em curso.
Pois bem: Estamos em 2019. O referido terreno foi adquirido em 1994, portanto há 25 anos. Tivemos problemas de percurso na sua legalização, tais como: o vendedor do terreno veio a falecer, havia herdeiros envolvidos já falecidos e outras tantas dificuldades até a total regularização da área.
Portanto, tal imóvel nada tem a ver com o objeto da operação.
- Investigam-me por ilação de ter relação com proprietário de prestadora de serviço da Secretaria da Administração. Pois posso afirmar, com certeza absoluta, que desconheço qualquer atividade comercial dessa empresa.
Alegam que sou amigo do proprietário. Pois afirmo: Mais do que amigo, tive convivência familiar durante quinze anos e mantenho até hoje amizade com ele.
Sobre o Senhor Nelson Nappi, reitero aqui minha amizade de muitos anos. Desconheço qualquer atuação ilícita de sua parte.
Não fosse assim, não o teria nomeado para cargo em comissão na Assembleia Legislativa.
Não vou renegar meus amigos.
Finalmente, quero agradecer a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, têm me prestado solidariedade neste momento tão difícil que atravesso. Sem dúvida, o mais triste da minha vida.
Esta solidariedade me dá forças para continuar lutando.
Vou lutar até o fim para provar minha inocência. E a única coisa que posso pedir é Justiça.
Não quero ser pré-julgado.
Mas não abro mão de ser julgado.
Obrigado.
Fonte: Comunicação Assembleia Legislativa