Dezembro Vermelho: Criciúma tem ações de orientação e conscientização no combate as transmissíveis

Dezembro Vermelho: Criciúma tem ações de orientação e conscientização no combate as transmissíveis

Criciúma dará início, nos próximos dias, à campanha Dezembro Vermelho, de conscientização e prevenção às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A Secretaria Municipal de Saúde preparou uma programação para o mês, que envolve palestras e capacitação do corpo profissional da pasta, além de orientações e testes rápidos para a população.

 

A abertura da campanha está marcada para 1º de dezembro, Dia Mundial de Combate à Aids. Na ocasião, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde e higienizadores das Unidades de Saúde (UBSs) assistirão, no Paço Municipal, a uma palestra com o tema “Refazendo laços: transformando a invisibilidade em vínculo”.

 

“É importante, além de cuidar da população e educá-la sobre as ISTs, também estarmos sempre capacitando mais nossas equipes, num aprendizado constante e contínuo para, assim, termos profissionais que ofereçam o melhor atendimento possível ao criciumense”, pontua o secretário de Saúde, Acélio Casagrande.

 

O “Dia D” ocorre na Unesc, no dia 5, às 18h. Voltada para os acadêmicos da universidade, a programação conta com, dentre outras ações, a realização de testes rápidos para HIV, Sífilis e Hepatites, assim como orientações e entrega de materiais educativos e preservativos masculinos e femininos. A iniciativa será conduzida pela equipe do Programa de Atenção Municipal às ISTs, HIV e Aids (Pamdha).

 

No dia 6, os enfermeiros da Rede de Atenção à Saúde passarão por capacitações no Paço Municipal. A partir das 13h, três palestras estão agendadas com os seguintes temas: “Acolhimento da pessoa com HIV”, “Fluxo do Atendimento de Pessoas Vivendo com HIV” e Medicamento/Profilaxia Pós-Exposição”.

 

De 1º a 30 de dezembro, as UBSs realizarão testes rápidos de para HIV, Sífilis e Hepatites. Na unidade, a população também poderá buscar orientações sobre ISTs e materiais educativos, assim como preservativos masculinos e femininos.

 

Para a gerente do Núcleo de Educação Permanente em Saúde e Humanização (Nepshu), Daiane Mendes de Assis Réus, conscientizar a população sobre as formas de prevenção e busca por testes e tratamento precoce ainda é um grande desafio. “Campanhas como o Dezembro Vermelho ajudam a esclarecer sobre a importância dos exames, contribuindo para o diagnóstico precoce e tratamento adequado, para que a pessoa viva com o vírus sem desenvolver a doença”, relata a gerente.

 

A campanha é organizada pela Secretaria de Saúde, por meio do Nepshu e do Pamdha. Segundo Daiane, o objetivo é sensibilizar a sociedade de que é necessário prevenir, testar, tratar e principalmente vencer o preconceito das pessoas em relação à doença.

 

Certificações no combate às ISTs

 

Criciúma é um dos quatro municípios do estado que receberá a Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical do HIV e o Selo de Boas Práticas Rumo à eliminação da Sífilis Congênita. O comunicado de validação foi feito pelo Ministério da Saúde à Secretaria Municipal de Saúde.

 

“A transmissão vertical do HIV e da sífilis congênita acontece quando a gestante não faz o tratamento adequado, principalmente durante o Pré-Natal, ou quando, no momento do parto não se tenha aplicado as medidas adequadas de prevenção. Além de que, o risco da transmissão vertical do HIV continua através da amamentação, mesmo a mãe fazendo o tratamento adequado”, explica a coordenadora do Pamdha, Patrícia Rodrigues Oenning.

 

Em junho, a Secretaria Saúde, por meio do Pamdha, encaminhou um relatório para o Ministério, contendo os indicadores exigidos na avaliação. Em outubro, a equipe nacional de validação do Ministério da Saúde, assim como técnicos da Secretaria de Estado da Saúde, estiveram em Criciúma para avaliar o processo de trabalho e seus indicadores. Eles visitaram a cidade para verificar "in loco" as ações desenvolvidas pelo Pamdha, em parceria com a Rede de Atenção à Saúde, bem como maternidades e laboratórios.

 

“A certificação e o selo que o Ministério da Saúde vai entregar refletem a qualidade da assistência prestada pelos profissionais do programa, sobretudo, às pessoas vivendo com HIV, e em especial, às gestantes e crianças expostas. Da mesma forma, reconhece o trabalho de todos os envolvidos para a eliminação da transmissão vertical do HIV e da Sífilis Congênita”, conta Patrícia.

A solenidade de entrega oficial da certificação, segundo o comunicado do Ministério, está prevista para ocorrer no dia 7 de dezembro, em Brasília.

 

 

 

Texto: Samuel Borges
Foto: Reprodução/Internet