O Secretário de Estado do Planejamento (SPG)), Murilo Flores, visitou na quarta-feira (8) o Complexo Penitenciário de Chapecó, no Oeste do estado, e ficou impressionado com o avanço da política laboral e com as estruturas das unidades, inclusive a Penitenciária Industrial de Chapecó, resultado direto do Pacto por Santa Catarina, programa coordenado pela SPG. “A estrutura de todo o complexo reflete a nova proposta da SJC, voltada à ressocialização pelo trabalho, defendida desde o início da gestão da Secretária de Estado da Justiça e Cidadania (SJC), Ada De Luca”, destacou o Secretário adjunto, Leandro Antônio Soares Lima, que acompanhou o secretário Murilo Flores durante toda a visita.
Somente nos últimos 18 meses o Complexo Penitenciário de Chapecó registrou um aumento de 400% em trabalho laboral, são 50 convênios e mais de 800 presos em oficinas nas penitenciárias agrícola (529) e industrial (105) e no presídio (291). Em 2015 eram apenas 11 termos de cooperação e 171 detentos trabalhando. “Isso é resultado do nosso investimento em ressocialização. Somos o estado que mais emprega detentos hoje no Brasil com 38% dos apenados em chão de fábrica aprendendo um ofício, se capacitando profissionalmente para ser um novo cidadão”, enfatiza a secretária Ada Faraco De Luca.
Em uma fábrica de roupas infantis e de enxoval para bebês, as peças são desenhadas e bordadas em máquinas industriais e costuradas pelos apenados. Somente em uma das indústrias instaladas na unidade é feita a costura de mais de 2 milhões de sacas de ráfia por mês. Em um outro espaço funciona uma indústria de edredons e uma oficina de bordados de roupas de festa e de gala. As peças chegam cortadas e os apenados, em um trabalho delicado e de extrema atenção, costuram e bordam as pedrarias. São produzidos uma média de quatro vestidos por mês.
O crescimento da lavoura em mais de 15 hectares em menos de um ano também impressionou o Secretário de Estado do Planejamento Murilo Flores pelo pouco tempo de investimento, fazendo com que a Penitenciária Agrícola de Chapecó resgatasse a sua principal característica. Além do preso produzir o seu alimento e abastecer a cozinha da própria unidade (em apenas um único mês foram colhidos 15 mil pés de alfaces), os legumes e hortaliças orgânicos também são comercializados em supermercados e restaurantes da região.
Um espaço também foi criado dentro da unidade para venda de produtos agrícolas diretamente aos funcionários do Complexo. Neste local podem ser encontrados alface, repolho, cenoura, beterraba, batata doce, couve-flor, tempero verde, cebola, feijão, aipim e batata. Também foram construídas 25 estufas para cultivo e manejo dos hortifrútis.
E o Complexo ainda será ampliado. O Presídio Feminino de Chapecó, construído dentro do Complexo Penitenciário e com previsão para inaugurar até o final do ano, está com 90% das obras executadas. São 286 vagas distribuídas em um terreno de 17 mil m2 e 6,4 mil de área construída com investimento total de R$ 15 milhões. A Secretaria da Justiça e Cidadania entregará ainda mais três unidades femininas em Criciúma, Itajaí e Joinville, totalizando 1.144 vagas exclusivas para as mulheres.
Texto e foto: Denise lacerda