Região Carbonífera terminou 2020 com 135.561 empregados formais, 5.035 a mais do que o contingente registrado no início do ano
Apesar dos abalos nas atividades econômicas gerados pela pandemia de coronavírus, a Região Carbonífera fechou 2020 com saldo positivo na geração de empregos. Conforme os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nesta quinta-feira, dia 28, pelo Ministério da Economia, na soma os 12 municípios terminaram o ano com 135.561 empregados formais, 5.035 a mais do que o contingente registrado no início de 2020.
“Esses dados confirmam as projeções que se desenhavam a partir da recuperação do mercado formal de trabalho, verificada no segundo semestre, de que teríamos um ano com números próximos aos alcançados em 2019. Dessa forma, o otimismo se renova para 2021 na geração de emprego e renda na nossa região”, considera o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Moacir Dagostin.
Ele ressalta a importância da chegada da vacina contra a Covid-19 para criar um ambiente ainda mais propício ao desenvolvimento socioeconômico. “A imunização é a esperança da retomada plena das atividades e, por consequência, de uma recuperação mais acentuada da economia”, reforça.
Entre janeiro e dezembro do ano passado, foram mais de 64,6 mil contratações com carteira assinada na Região Carbonífera, contra 59,6 mil demissões no período. A cidade que mais abriu postos de trabalho formais foi Içara, com 1.609 novas vagas geradas. Criciúma aparece logo em seguida, com 1.139, que fecha o ano com um percentual de 31,04% da população ocupada, totalizando um estoque de empregos de 67.463, acima de Santa Catarina que ficou com 29,4% e do Brasil com 18,39%.
Dos outros dez municípios, nove tiveram saldo positivo, com Urussanga abrindo 680 vagas; Forquilhinha, 480; Nova Veneza, 385; Siderópolis, 227; Balneário Rincão, 169; Orleans, 147; Morro da Fumaça, 93; Treviso, 56; e Lauro Müller, 53. Já Cocal do Sul perdeu três postos de trabalho com carteira assinada entre janeiro e dezembro.
Oferta de empregos
No mês passado, houve uma desaceleração no número de admissões em todos os municípios. “Historicamente, as empresas costumam realizar menos contratações em dezembro e ainda há o desligamento dos temporários. Mesmo assim, o saldo ficou positivo na região e a perspectiva para este ano é que haja expressiva oferta de empregos tendo em vista o crescente número de vagas observado no Banco de Talentos, importante ferramenta de aproximação entre as empresas e os profissionais em busca de uma colocação no mercado de trabalho”, salienta Dagostin.
Texto: Deize Felisberto