Alunos do curso técnico subsequente em Eletrotécnica do Câmpus Criciúma têm se acostumado a desenvolver trabalhos de conclusão de curso que ultrapassam os limites da instituição e deixam alguma contribuição para a comunidade. Em um dos projetos mais recentes, três alunos projetaram e implantaram um sistema de sinalização luminosa em uma escola de Criciúma que atende estudantes surdos. Uma solução simples que faz toda a diferença para a inclusão dos estudantes no ambiente escolar.
O projeto foi entregue oficialmente terça-feira (16), em cerimônia organizada pela prefeitura de Criciúma, que também inaugurou um novo bloco de salas de aula na Escola Municipal Maria de Lourdes Carneiro. Silvander Prestes, já formado técnico em Eletrotécnica pelo Câmpus Criciúma , representou seus colegas, Gustavo Fernandes da Rocha e Kenidy Damasio da Rosa, responsáveis pelo projeto, coordenado pelos professores Phillipe Pauletti e Guilherme Manoel da Silva.
Nas disciplinas de Projeto Integrador 3 e 4, cursadas no primeiro e no segundo semestres de 2018, o trio elaborou todo o planejamento técnico e depois instalou o sistema de sinalização luminosa voltado para os estudantes surdos atendidos pela escola, que é um polo para surdos em Criciúma. A demanda partiu da própria escola, através do aluno Davi Corrêa da Silva, que participou do projeto Vereador Mirim em 2018 e apresentou essa demanda, que acabou sendo encaminhada pela prefeitura ao IFSC. O trabalho de instalação foi realizado de setembro a dezembro do ano passado, com os alunos indo aos sábados para a escola a fim de finalizar o trabalho.
O sistema é simples, mas contribui para a autonomia do estudante surdo na escola. Quem não consegue ouvir o sinal sonoro que avisa a troca de períodos ou a hora do recreio, por exemplo, pode visualizar o sinal luminoso que foi instalado nos principais ambientes da escola: salas de aula, biblioteca, quadra esportiva e pátio, por exemplo, receberam luminosos do tipo strobo e giroflex. Os alunos também automatizaram os sinais, de acordo com os horários da escola, uma vez que o sinal era tocado de forma manual.
“Por ser uma escola pública, também procuramos usar um material simples e fácil de ser manuseado. Se eventualmente alguma coisa precisar ser consertada, a escola não precisa arcar com grandes custos. Um pai de um aluno que entenda de eletricidade, por exemplo, pode fazer o conserto”, explica Silvander.
A Escola Maria de Lourdes Carneiro atende 420 crianças e adolescentes da Educação Infantil até o sexto ano do Ensino Fundamental. Com ensino bilíngue, a escola é polo para surdos da rede municipal de ensino de Criciúma.
Texto: Comunicação Fisc