A pele é a maior fonte de produção da vitamina D - hormônio cuja fabricação é ativada pelos raios UVB. Isso justifica a importância da exposição solar diária. Apenas 10 minutos por dia na hora do almoço e sem protetor são suficientes. A falta desta substância prejudica os ossos, principalmente na infância, causando raquitismo e, na terceira idade, ao provocar a osteoporose – doença caracterizada pela perda acelerada de massa óssea que ocorre durante o envelhecimento. O problema causa diminuição da absorção de minerais e de cálcio, o que provoca a fragilização dos ossos e aumenta o risco de fraturas.
As pessoas com bons índices de vitamina D no organismo mantêm a saúde muscular e óssea em bom estado. Isso porque a vitamina D auxilia na absorção do cálcio – mineral que estrutura os ossos e é essencial para prevenir a osteoporose.
Para as mulheres, a combinação de sol, vitamina D e cálcio tem sua importância potencializada no período da menopausa. Nesta fase, aumentam as chances desenvolver a doença, pois a queda de estrogênio acarreta em perda óssea.
Além da exposição solar, a saúde óssea depende dos hábitos alimentares e outros fatores do estilo de vida. Para que os ossos sejam fortes, é fundamental que os músculos estejam saudáveis. A vitamina D é um dos fatores estratégicos neste processo, já que é responsável por carregar o cálcio para dentro do osso. Além disso, representa um fator determinante para aumentar ou manter a massa muscular.
A vitamina D está presente em alimentos como ovos, queijos gordos, espinafre, óleo de peixe, entre outros. No entanto, não é fácil alcançar as recomendações diárias somente com alimentação e, por isso, a exposição solar é recomendada. O problema é que dificilmente as pessoas se expõem ao sol sem a proteção de um filtro solar e, por isso, é frequente a insuficiência ou até mesmo a deficiência de vitamina D. Os níveis da substância são detectados por meio de exame de sangue e, quando estiverem abaixo do recomendado, é necessário complementar com o uso de medicamento (capsulas gelatinosas, comprimidos ou gotas).
A ingestão de cálcio por meio de alimentos ou suplementos ajuda a manter os ossos fortes por mais tempo. O leite e seus derivados (queijos e iogurtes) são as melhores fontes alimentares de cálcio e devem ser ingeridos diariamente. Mas somente o hábito de tomar leite ou ingerir cálcio com vitamina D não basta. Para que ele não seja eliminado, necessitamos também de fixadores do cálcio (alendronatos e residronatos).
Evitar alguns hábitos como o fumo, bebidas alcoólicas e café, além de adotar medidas como a prática de exercícios físicos diariamente e exposição ao sol durante 10 a 15 minutos pela manhã contribuem para manter a saúde dos ossos e músculos.
Dr. Joaquim Reichmann
Médico cooperado da Unimed Chapecó
CRM 4312/RQE 3768